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21 agosto 2021

Em quatro dias, 1.393 quilos de fragmentos de óleo e lixo são retirados de praias e mangue em Fernando de Noronha


OPINIÃO:
enquanto o governo se preocupa em leiloar lotes de Fernando de Noronha para a extração de petróleo, o arquipélago sofre com o abandono e a poluição. A máquina da morte bolsonarista está destruindo o país até mesmo em seus recantos mais preservados. É uma vergonha! A natureza pertence aos animais!
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A operação de limpeza de praias e mangue de Fernando de Noronha chegou ao quarto dia na última terça-feira (17), totalizando 1.393 quilos de fragmentos de óleo e lixo recolhidos desde o sábado (14), segundo o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Além dos resíduos, foram localizados animais mortos.

O trabalho de limpeza contou com servidores do ICMBio, militares da Marinha, técnicos da Administração da Ilha e voluntários em seis área do Parque Nacional Marinho, entre elas as praias do Sueste, Atalaia, Caieiras, Enseada do Abreu e a do Leão, região mais afetada, além do Mangue do Sueste.

“No primeiro dia, concentramos a ação nesta região [do Leão] e já sabíamos que precisaríamos voltar. Cerca de 80% dos resíduos foram recolhidos aqui, encontramos fragmentos de óleo e muito plástico”, declarou a chefe do ICMBio no arquipélago, Carla Gaitanele.

A Praia do Leão recebeu nesta terça um serviço minucioso para retirada de resíduos, que incluiu raspagem de pedras vulcânicas. “O piche se aloca entre as pedras. Essa é a maior dificuldade: remover os fragmentos de óleo e o lixo. É uma espécie de garimpagem”, disse a brigadista do instituo, Franciane Santos.

Os materiais começaram a surgir nas praias e poluir o Parque Nacional Marinho no sábado (14), mesmo dia em que começou a limpeza. Vindos do oceano, os resíduos atingiram também a área do Mangue do Sueste, o único em ilhas oceânicas do Atlântico Sul. Foram 300 quilos de lixo e óleo retirados da região na segunda.

Amostras do material recolhido foram enviadas para análise no laboratório da Marinha, afirmou a chefe do instituto. A origem dos resíduos ainda é desconhecida.

Uma ave e um filhote de caranguejo da espécie Johngarthia lagostoma foram encontrados mortos. A ave ainda vai ser analisada, mas os técnicos do ICMBio disseram acreditar que o caranguejo deve ter morrido em função do óleo.

“O caranguejo está com muito óleo, provavelmente esse óleo foi o motivo da morte do animal”, declarou o coordenador de pesquisa do ICMBio, Ricardo Araújo.
Também foram identificados na Praia do Leão dois fardos de borracha, material que tem sido identificado em outras praias do litoral.

“Esses fardos já estavam nesta área, ainda não foram removidos porque são muito pesados. É uma operação complicada e vamos programar uma ação para remover os fardos”, informou Carla Gaitanele.

A chefe o ICMBio disse, ainda, que o monitoramento das praias vai continuar a ser feito diariamente.

Litoral

Fragmentos de óleo surgiram em pontos do litoral do Nordeste e estados do Sudeste, a partir de agosto de 2019.

A substância era mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno afetou a vida de animais marinhos e causou impactos nas cidades litorâneas. A origem do óleo ainda é desconhecida.

Em Pernambuco, manchas de óleo foram localizadas em 48 localidades e em oito rios. Ao todo, 13 municípios registraram danos. Foram coletados, desde agosto de 2019, 1.650 toneladas de resíduos.

Este ano, houve chegada de lixo a várias praias da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Ao menos 46 toneladas de lixo foram retiradas, no fim de abril. A origem dos resíduos ainda é desconhecida.

Fonte: G1 

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