OPINIÃO: ficamos felizes com a soltura desse lindo animal, mas é muito triste saber que ele estava em apuros em razão da inconsciência humana. Anualmente, 11 milhões de toneladas de plástico são despejados no oceano e grande parte desse material vai parar no estômago de animais marinhos. Algo precisa ser feito com urgência! Os oceanos não são lixeiras!
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Um lobo-marinho-do-Sul que comeu plástico voltou para o mar nesta sexta-feira (10). O animal estava cercado por urubus quando foi encontrado por moradores. Imagens mostram a soltura, que aconteceu já no meio do mar, próximo à Ilha do Xavier, em Florianópolis.
O animal foi resgatado pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no dia 19 de outubro, na Praia Mole, também na Capital. Após um mês e meio de reabilitação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal), onde de acordo com informações do R3 Animal, ele chegou extremamente desidratado e caquético.
A veterinária e responsável técnica do PMP-BS/Florianópolis, Marzia Antonelli, alerta sobre os riscos à vida de um animal ao ingerir lixo plástico.
"Dependendo da quantidade ou do tamanho dos resíduos, isso pode levar à obstrução gastrointestinal. O material fecal endurecido (fecaloma) pode ficar retido no intestino e levar a uma infecção bacteriana, podendo evoluir a um quadro de infecção generalizada e levar o animal a óbito", explica Marzia.
Segundo o R3 Animal, no primeiro dia de reabilitação, o lobo-marinho foi medicado, hidratado e alimentado com papa de peixe, e respondeu bem ao tratamento. Mas nos dias seguintes, ele liberou todo o plástico pelas fezes, e de acordo com a associação, felizmente não teve complicações.
Conforme o centro, o animalzinho reagiu bem ao tratamento, e após cinco dias, foi transferido para a piscina. Lá, ganhou peso e pode ser devolvido ao habitat natural.
Os lobos-marinhos-do-Sul (Arctocephalus australis) podem viver até 30 anos. As fêmeas atingem o comprimento máximo de 1,5 metro e pesam em torno de 50 quilos, enquanto os machos atingem os 2 metros e podem pesar até 200 quilos.
De acordo com o R3 Animal, durante o outono/inverno é comum que animais dessa espécie sejam avistados na região litorânea de Santa Catarina. Eles saem de colônias reprodutivas no Uruguai e Argentina e chegam em nossas praias em busca de alimento e descanso.
Fonte: NSC
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