OPINIÃO: não podemos deixar que conflitos internacionais nos façamos ignorar os dramas que aqui se multiplicam. As fortes chuvas no início do ano causaram grandes tragédias no Brasil e milhares de animais foram afetados. Este é mais um caso que precisa de nossa ajuda e apoio.
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As fortes chuvas que atingiram Salvador no último final de semana destruíram a estrutura de um abrigo para gatos e cães rua no bairro de Paripe, região do subúrbio. Os impactos foram tão grandes que o imóvel foi condenado pela Defesa Civil e agora os responsáveis lutam para manter o serviço, que é gratuito, para cerca de 400 animais.
A seção baiana da Associação Brasileira de Proteção Animal (ABPA) perdeu parte da cobertura, pois telhas foram arrancadas com a ventania. Lonas tiveram que ser usadas e um gatil foi improvisado para que os gatos não se molhassem.
“Com a chuva forte, a telha reciclável não aguenta muita chuva. O vento rasgou algumas telhas, que já eram bem antigas, e danificou os canis onde os cachorros ficam, além do gatil", detalhou Rosangela Silva, uma das gestoras da unidade.
Desde 2019, a Defesa Civil de Salvador (Codesal), já havia alertado para os danos estruturais e recomendou a realocação dos bichos, ou a recuperação do terreno, que apresenta rachaduras significativas. Com o agravamento da situação, o imóvel foi condenado.
O abrigo, no entanto, não tem condições financeiras de realizar as obras apontadas pelo órgão. O funcionamento exige um custo mensal de R$ 50 mil e o espaço se mantém somente com doações, que reduziram drasticamente no período da pandemia.
Além disso, por causa do problema recente, a administração precisou utilizar todo o dinheiro que tinha no caixa e tentar evitar que mais água entrasse no abrigo e agora falta dinheiro para itens básicos, como ração e medicamentos.
Diante dessa situação, a associação iniciou uma campanha para arrecadar os valores e continuar o trabalho de proteção aos animais. Mas por causa da pandemia, a “vaquinha” também parou e o local continua com os mesmo problemas, que só pioram com o passar do tempo.
“A gente iniciou em 2020 uma vaquinha para aquisição de um terreno plano, porque consertar isso aqui sairia muito mais caro e a gente ainda teria que tirar todos os animais para fazer toda a obra. Só que quando a gente iniciou a vaquinha, a pandemia chegou e a vaquinha ficou parada”, explicou a presidente da seção baiana da ABPA, Cátia Oliveira.
Através do canal do abrigo na internet, é possível conhecer mais o trabalho prestado, bem como conferir as possibilidades de oferecer ajuda e até mesmo se candidatar para adoção responsável de um dos bichinhos.
“É risco até para a gente aqui, porque a gente tem que conviver com eles [animais], para não se sentirem sozinhos. Quando chegam abandonados, eles chegam sem entender o porquê dessa situação. Muita gente acha que deixar o animal em um abrigo é uma solução. Mas ele sente a perda, sente a dor”, finalizou Cátia Oliveira.
Fonte: G1
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