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Um aposentado de 74 anos salvou um filhote de cachorro da boca de um crocodilo após entrar na água e lutar contra o animal na Flórida, nos Estados Unidos. O homem sequer deixou seu charuto cair durante o resgate. A cena foi capturada por câmeras instaladas pela Florida Wildlife Federation e pela fSTOP Foundation.
Richard Wilbanks passava por um lago próximo a sua casa, ao sul de Fort Myres, quando o crocodilo saiu da água de súbito e atacou seu cão de estimação de apenas três meses, Gunner, da raça Cavalier King Charles spaniel.
"Estávamos passeando pelo lago e ele saiu da água como um míssil. Nunca pensei que um crocodilo pudesse ser tão rápido. Era muito rápido", disse ele à CNN americana. A reação de Wilbanks foi imediata e ele começou uma luta para abrir a mandíbula do animal. A ação foi descrita por ele como "extremamente difícil".
O aposentado precisou tomar uma injeção antitetânica por ter sua mão "mastigada", conforme relatou. Wilbanks disse à CNN que suas mãos estavam ensanguentadas e "mastigadas" após a batalha com o crocodilo, embora o cachorrinho - e o charuto - permanecessem inteiros.
"Eu simplesmente pulei na água automaticamente", afirmou à CNN. Já Gunner teve um ferimento no estômago e foi levado ao veterinário. O cachorro passa bem. Apesar do ocorrido, Wilbanks defende que os crocodilos não devem ser removidos do lago. Mas, para se proteger, ele afirma que só vai passear com seu cachorro na coleira e a pelo menos três metros de distância da água.
O incidente foi gravado por câmeras que foram colocadas em todo o bairro como parte de um projeto que a Florida Wildlife Federation (FWF) e a Fundação STOP lançaram no início deste ano. A iniciativa conjunta busca capturar imagens da vida selvagem na comunidade para que os residentes da área possam entender mais sobre os animais com os quais vivem - incluindo veados, guaxinins e linces selvagens.
Os responsáveis pelo projeto esperam criar um vídeo educacional que forneça aos moradores informações valiosas que os ajudem a coexistir com os muitos animais diferentes em seu quintal - neste caso, literalmente. Em um e-mail para o The Washington Post, a Florida Wildlife Federation disse que a campanha “Compartilhando a Paisagem” visa “elevar a conversa sobre como os seres humanos e a vida selvagem compartilham inerentemente a mesma paisagem.”
Wilbanks foi um dos muitos residentes que se ofereceram na primavera para se envolver com o projeto. Os selecionados vivem em casas que fazem fronteira com habitat selvagem no Condado de Lee.
Existem 17 câmeras em 15 propriedades diferentes posicionadas para capturar a vida selvagem local no bairro, de acordo com Meredith Budd, diretora de política regional da FWF, que diz que a abundância de animais é o que torna a área tão única.
Os funcionários da fundação verificam periodicamente os cartões de memória dos dispositivos para fazer upload de fotos e ficaram surpresos quando revisaram o incidente com o cachorro Gunner.
“Essa filmagem certamente não era esperada, e não é o que normalmente vemos em nossas câmeras”, disse Budd, explicando que as câmeras geralmente captam as filmagens dos animais vagando livremente ou comendo a vegetação.
Após o incidente, que ocorreu no final de outubro, a Florida Wildlife Federation pediu aos moradores para ficarem alertas para evitar confrontos potenciais no futuro. “É fundamental que as pessoas que vivem na interface das terras selvagens tomem precauções extras - os cães devem ser controlados e tanto as pessoas quanto os animais de estimação devem evitar permanecer nas margens de grandes lagoas de retenção onde crocodilos costumam ocupar”, disse a organização na segunda-feira.
Fonte: Estadão
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