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25 agosto 2021

Bombeiros conseguem controlar incêndio no Parque do Juquery em SP


OPINIÃO:
as chamas se extinguiram, mas os danos são catastróficos e, talvez, irreparáveis. Seis suspeitos foram presos por suspeita de serem envolvidos com soltura de balão, mas NADA foi concluído. Esperamos que não caia no esquecimento. Aliás, vamos garantir que isso não aconteça! 
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O Corpo de Bombeiros de São Paulo anunciou que o incêndio de grandes proporções que atingiu o Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha (SP), foi extinguindo, restando apenas alguns focos isolados. As chamas destruíram 80% da unidade de conservação, considerada o último pedaço de cerrado da região da Grande São Paulo.

A principal linha de investigação, após a divulgação de vídeos probatórios, trabalha com a teoria que o incêndio tenha sido causado pela queda de um balão. A fauna e a flora foram gravemente atingidas. A intensidade das chamas espalhou cinzas em várias regiões da capital paulista, além de cidades adjacentes.

O Parque Estadual do Juquery, além de ser o refúgio da última porção da cerrado da Região Metropolitana de São Paulo, também possuía trechos preservados de Mata Atlântica. Localizado em meio à região urbana, o parque tem poucas chances de recuperação, além de encurralar os animais silvestres que vivem no local e não têm para onde ir.

Entenda

Um incêndio de grandes proporções matou animais e destruiu mais da metade do Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O fogo teve início no domingo (23) e, embora boa parte do incêndio tenha sido controlado após mais de 20 horas de trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros, ainda há focos a serem combatidos. Segundo a Prefeitura de Franco da Rocha, “o trabalho continua para combater todos os focos de incêndio”.

A causa do incêndio foi a queda de um balão. Em São Paulo, a soltura de balões é crime e pode ser punida com multa de R$ 10 mil, além de três anos de detenção. Isso porque o risco de queimadas, como a ocorrida no parque paulista, é grande e quando acontece não só destrói a flora, como causa extremo sofrimento aos animais, com casos de ferimentos graves e mortes, e também impõe risco à vida humana.

No domingo (23), cerca de 1.510 incêndios foram registrados na Região Metropolitana de São Paulo. Apenas no Parque do Juquery, foram cerca de mil hectares destruídos, o equivalente a aproximadamente mil campos de futebol. Ao UOL News, o major Marcos Palombo, do Corpo de Bombeiros, informou que não foram registradas vítimas humanas, mas a “flora e fauna foram as principais vítimas desse incêndio”.

O major aproveitou a ocasião para conscientizar a população sobre hábitos que ameaçam a natureza e precisam ser extintos. “Precisamos da ajuda das pessoas, porque foram causas humanas. Onde já se viu, um balão causar um incêndio desses. Ou uma bituca de cigarro que se joga do carro pela estrada. Não se pode fazer isso agora, estamos em uma época de estiagem”, asseverou.

Uma força-tarefa com 90 militares do Corpo de Bombeiros, mais de 100 profissionais da Defesa Civil e brigadistas voluntários atuaram no combate ao fogo, que contou ainda com o apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar (PM). Ainda na noite de domingo (22), seis baloeiros foram presos pela polícia, mas ainda não se sabe se eles têm ligação com o incêndio no Parque do Juquery. Todos foram liberados após pagamento de fiança.

Para o ativista Mario Mantovani, da ONG SOS Mata Atlântica, trata-se de uma tragédia. “Estamos vendo uma situação grave, porque São Paulo precisa dessas áreas verdes. Temos 8ºC de temperatura de diferença das áreas com verde, como nos Jardins, em comparação com outros lugares, como a Zona Leste. Temos de ter muito cuidado com elas”, disse ao UOL News.

O estrago causado pelo fogo foi tamanho que moradores da região de Franco da Rocha, da capital paulista e de municípios do ABC relataram um céu alaranjado no domingo e uma grande quantidade de fuligem que causou uma espécie de “chuva de cinzas”.

Veterinários se mobilizam em prol dos animais

Um grupo de veterinários voluntários se mobilizou para resgatar animais feridos pelo incêndio que destruiu parte do Parque do Juquery. Através das redes sociais, a Clínica Veterinária Cão Maravilha pediu que os profissionais se unissem para socorrer os animais silvestres. Em questão de horas, o grupo se formou.

“Estamos precisando urgente de veterinários que tratem de animais silvestres, pois muitos animais do Parque Estadual do Juquery estão sendo resgatados queimados”, dizia a primeira publicação. Cerca de quatro horas depois, a página da clínica divulgou um novo comunicado, informando que o grupo de voluntários havia sido formado: “Amanhã [segunda-feira, 23], um grupo de veterinários irá ao local, assim que possível daremos maiores informações. Agradecemos a todos pela colaboração”.

Na manhã desta segunda-feira (23), novas publicações feitas pela clínica revelaram que os veterinários não puderam ir ao local porque “há voluntários lá e ainda não teve nenhum animal resgatado, no momento os animais que foram encontrados já estavam sem vida”. Segundo a página, por questões de segurança, não estão sendo convocados muitos voluntários. A clínica divulgou ainda uma imagem que mostra uma conversa num aplicativo de mensagens. Na conversa, um dos integrantes do grupo de voluntários afirma que “os bombeiros não estão deixando entrar por conta do alastramento do incêndio” e reforça que posteriormente os voluntários serão acionados caso haja necessidade. “Até agora, quase nenhum [animal] com vida”, lamenta um dos membros do grupo.

Fonte: ANDA

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