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25 setembro 2021

Mulher inaugura asilo animal e dedica a vida a dar amor a pets idosos e com doenças terminais


OPINIÃO:
uma atitude linda, maravilhosa, que merece ser compartilhada. Um verdadeiro espírito de abnegação e compaixão! Que essa energia incrível contagie e inspire a todos! 
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É muito comum, com o passar do tempo, famílias colocarem parentes idosos em asilos, para garantir melhores cuidados neste período delicado da vida. A ideia de que animais também precisem de atenção especial despertou em Alexis Fleming a ideia de criar um asilo animal.

Com a idade, os animais podem perder habilidades motoras, sensoriais, e ainda podem sentir uma solidão no fim da vida. Além disso, muitos tutores abandonam os pets mais velhos que precisam de cuidados especiais.

O Maggie Fleming Animal Hospice foi inaugurado por Alexis em 2016, na Suécia, e recebe cachorros, gatos, aves, e outras espécies de animais, com doenças terminais. O maior objetivo de Alexis é dar muito amor aos bichinhos nos seus últimos momentos, além de um lugar digno para sua passagem.

Perda dolorida

O maior impulso para a criação do Maggie Fleming Animal Hospice foi a perda de Maggie, um cão resgatado e melhor amiga de Alexis, que faleceu.

“Ela morreu após complicações depois de uma cirurgia. Eu tive que tomar a decisão pelo telefone, se a deixaria morrer, e eu sabia que nunca mais a veria novamente.”

Maggie acompanhou a tutora durante momentos difíceis, quando a mulher foi diagnosticada com a Doença de Crohn, uma condição autoimune crônica. Em algumas ocasiões, a doença estava tão grave que lhe foi dado apenas dias de vida.

“Foi realmente uma ideia ridícula porque eu estava muito doente e tinha passado por uma dor horrível por perder Maggie, mas a ideia estava lá e sempre me incomodaria até que eu fizesse algo a respeito”, conta Alexis sobre a ideia de criar o asilo animal.

Amor depois do abandono

De acordo com Alexis, a maioria dos residentes dos asilo foram abandonados por causa da idade avançada ou por alguma doença terminal. Atualmente, o local abriga mais de 100 animais, desde cachorros a galinhas e porcos. Para a fundadora, não importa a espécie, todos precisam de amor.

O trabalho não para, e Alexis conta que há dias em que os cuidados levam mais de 16 horas. Mas isso não é um problema. “Essa é a parte prazerosa. Ter algo assim para te fazer levantar da cama de manhã, sou muito sortuda. Realmente não sinto com se fosse um trabalho”, conta.

Por mais que se apegue aos animais do asilo, é inevitável que Alexis tem que passar por momentos difíceis quando os bichinhos acabam falecendo. No entanto, a moça conta que todo o processo de luto a deixa mais forte.

“Agora estou mais acostumada a lidar com a morte, o que deixa tudo mais fácil. Tivemos uma morte recentemente, onde tínhamos acabado de voltar com ela do veterinário, e ela morreu nos meus braços quando chegamos em casa. Tive cinco minutos de luto e coloquei o corpo dela na geladeira. Tudo tem que ser prático, então segui e fui continuar a fazer as outras coisas”.

“Se aceitamos a vida, temos que aceitar a morte. É uma realidade inevitável e, de fato, pode ser algo realmente lindo. Isso vai acontecer e todos nós podemos tornar a morte de alguém bonita”, explica Alexis.

Dar um final digno aos pets se tornou o propósito de vida de Alexis, que ainda escreveu um livro chamado No Life Too Small (Nenhuma Vida é Muito Pequena, em tradução livre), onde ela relata sua trajetória desde o momento em que seu destino se entrelaçou com o da pequena Maggie.

Fonte: Galileu 

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