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02 novembro 2021

Cachorros de raça resgatados de canil clandestino com suspeita de maus-tratos ficam sob guarda provisória, decide Justiça de SC


OPINIÃO:
não há suspeita de maus-tratos, é uma confirmação. É extremamente antiético explorar animais para reprodução e venda. Útero de cadela não é emprego! Quer dinheiro? Vão trabalhar! Deixem os animais em paz! 
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Os cachorros de raça mantidos em condições de maus-tratos em um canil clandestino em Jaguaruna, no Sul catarinense, vão ficar sob guarda provisória, decidiu a Justiça. Entidades de proteção aos animais ou cuidadores poderão ficar com os cães.

O dono do canil, que foi preso em flagrante em uma operação em 19 de outubro, vai pagar os custos, conforme a determinação judicial. A decisão é desta segunda-feira (1º) e foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O proprietário do canil responde ao crime em liberdade.

A operação de 19 de outubro resgatou 48 cachorros de raça. De acordo com o MPSC, dois deles morreram, por estarem bastante debilitados.

Foram encontrados no canil cães das raças akita, husky siberiano, samoieda, pastor-belga-malinois, cane corso, border collie e spitz alemão.

Guarda provisória

O MPSC informou que o destino final dos cachorros será decidido pela Justiça, após o processo tramitar até o fim, quando não houver mais possibilidades de recurso.

Enquanto não houver a determinação final da Justiça, quem tiver a guarda provisória dos cães não pode doá-los, vendê-los ou destiná-los para reprodução.

Qualquer pessoa ou entidade que queira ter a guarda dos animais pode procurar a Delegacia de Jaguaruna, que ficará responsável por realizar o cadastramento e seleção dos destinatários dos 46 cachorros.

Desse total, cerca de 20 possuem pedigree. Os animais têm porte de médio a grande e há 12 filhotes.

O g1 tentou contato com a Delegacia de Jaguaruna para obter mais informações sobre a guarda provisória, mas não teve êxito.

Flagrante durante operação

Quando chegaram ao canil, encontraram cães subnutridos, presos em correntes curtas que não permitiam que os animais deitassem, higiene precária e feridas expostas nos cachorros, sem tratamento adequado. O local não possuía abrigo contra sol e chuva e tinha forte cheiro de fezes e urina.

Um médico-veterinário que participou da ação constatou os maus-tratos, conforme a delegada Carolini de Bona. Os cachorros foram mantidos no canil, mas estão recebendo tratamento. Os veterinários afirmaram que havia cães com caquexia, fratura e sarna.

A delegada também disse que Organizações Não Governamentais de proteção aos animais indicaram que o suspeito era procurado em outras cidades do estado pelo mesmo crime, mas sempre conseguia fugir.

A lei 9.605/98 prevê pena de três meses a um ano de prisão para o crime de maus-tratos, além de multa.

A ação da Polícia Civil ocorreu na terça e teve o apoio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e da Vigilância Sanitária. Os agentes foram até o local após receberem uma denúncia.

Fonte: G1 


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