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24 fevereiro 2022

Petrópolis: mais de 500 animais já foram resgatados por voluntários


OPINIÃO:
notícia incrível! Esperamos que esses números aumentem a cada dia! 
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Em meio aos escombros e casas abandonadas após a tragédia em Petrópolis, há um sinal de vida: mais de 500 animais já foram resgatados. Há oito dias, desde quando um temporal atingiu a cidade imperial na região serrana do Rio, o protetor de animais Jack Caldeirini percorre o Morro da Oficina em busca de animais feridos e abandonados.

Além de pets como cachorro, gato, coelho, hamster, galinha, galo e codorna, há bichinhos deficientes, que também foram salvos e acolhidos nos últimos dias. 

Desde 2005, Jack, que também é chefe de fiscalização de crimes de maus-tratos na Prefeitura do Rio, atua como protetor animal e realiza resgates de animais que sofridos e que estão em áreas de risco. 

“Batemos também nas casas que caíram e nas que estão na encosta para cair”, disse Jack Caldeirini ao Metrópoles.

Desde o primeiro dia, 15 de fevereiro, o voluntário vai até esses locais em busca de animais sobreviventes: “Estamos resgatando animais que perderam as famílias, as casas, outros que ficaram para trás porque os donos não levaram. Muitos deles ficaram quatro, cinco dias sem alimentação, água e trancados em casa. Assim que resgatamos, nós levamos para a Clinipet. Lá eles fazem um hemograma completo, tomam um antiparasita, tomam vacinas e já recebem até um agendamento para castração”.

Lares adotivos

Em uma dessas visitas, Jack quase foi levado pela lama, mas foi salvo por um morador da região. Depois que esses animais são resgatados e encaminhados para a clínica, os que estão órfãos vão direto para a adoção.

Um trabalho coletivo é realizado tanto pela clínica quanto por ONGs e lares temporários. Todos recebem esses animais até encontrarem uma família. 

Protetora há mais de 20 anos, Newa de Carvalho tem ajudado nos resgates. Desde a semana passada, ela já recolheu 15 animais entre gatos e cachorros. Todos eles saíram de Petrópolis e estão na Ilha do Governador, zona norte do Rio, hospedados em lares temporários, na casa de Newa e na Clínica Veterinária e Petshop Village, que tem abraçado o projeto. 

“Estamos no processo de tentar achar a família desses bichinhos, já que muitos se perderam na tragédia. Os animais que nós não encontrarmos os donos vão direto para adoção. O processo é simples, nós fazemos uma entrevista para saber as condições da família, verificar se aquele lar é seguro para o animal e criamos um termo de adoção”, disse Newa de Carvalho ao Metrópoles. 

Para a protetora, a parte mais difícil disso tudo é ver o sofrimento dos animais: “Muitos estão abandonados, vagando nas ruas, sozinhos em casa e amarrados em correntes, porque o dono precisou fugir correndo e não teve nem a chance de soltar o animal”, completou. 

A busca por animais vítimas das chuvas continua e pelo menos nove já estão disponíveis para adoção na Ilha do Governador.



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