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07 fevereiro 2022

Veja o esforço de grupo indígena para impedir o desmatamento da Amazônia


OPINIÃO:
esses são realmente os verdadeiros guardiões da floresta amazônica! Temos muito a aprender sobre respeito aos povos originários e as raízes que nos sustentam. Um culto de amor e adoração pura pela natureza. 
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Um grupo indígena que pega em armas para defender suas terras. Dois anos depois do assassinato de um dos líderes do grupo Guardiões da Floresta, o trabalho de proteção das reservas no oeste do Maranhão continua.

O Fantástico acompanhou com exclusividade, durante uma semana, o esforço dos guardiões para impedir o desmatamento da floresta e expulsar invasores.

Conflitos armados no interior da Floresta Amazônica. A terra indígena Caru, no oeste do Maranhão, é uma área maior do que a cidade de São Paulo, e onde vivem hoje mais de 400 indígenas de três etnias: guajajara, awá guajá e os awás isolados, que não têm contato com o homem branco.

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A Constituição diz que cabe à União proteger as terras indígenas. Mas com o aumento das invasões de madeireiros nessas áreas do Maranhão, desde 2012, o grupo Guardiões da Floresta, criado pelos próprios indígenas, passou a patrulhar as reservas.

“Quando a gente tomou essa iniciativa de criar o grupo de guardiões, é porque realmente a nossa área estava bastante invadida na época, né? Tinha muitos tratores, muita destruição e muito conflito, também”, diz o cacique Antônio Wilson Guajajara.
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Os Guardiões patrulham as terras indígenas Caru, Alto Turiaçu, Governador e Araribóia, onde, em 2019, um dos líderes do grupo, Paulo Paulino Guajajara, foi morto a tiros por madeireiros. Nos últimos dez anos, segundo o Conselho Indigenista, 34 indígenas foram assassinados ou desapareceram no Maranhão.


A terra indígena Caru é cortada por rios que fazem divisa com pequenos povoados. Isso facilita as invasões. Quando os madeireiros percebem a presença dos guardiões, eles jogam a madeira no fundo do rio e fogem.

Dados do Instituto Socioambiental, o ISA, revelam que, em um ano, a terra indígena Caru perdeu 32 hectares de mata.

“A impressão que a gente tem é que foi montada uma serraria no meio da Floresta Amazônica. Eles não só cortaram a árvore, como serraram toda a madeira e a deixaram pronta para a comercialização. O que para os madeireiros é dinheiro, para os guardiões é menos vida na floresta a cada clarão aberto”, conta o repórter Alex Barbosa, em meio a madeiras cortadas.

Quando encontram os madeireiros em ação, os Guardiões apreendem ou inutilizam os equipamentos. E os obrigam a destruir a madeira ali mesmo, para evitar que ela seja vendida. Os madeireiros são entregues às autoridades ou liberados do outro lado do rio.

Em um flagrante, três homens foram capturados com madeira e bois para o transporte. Os indígenas pediram para que um dos invasores chamasse o responsável pela madeira do outro lado do rio.

Mas ele voltou acompanhado por um policial militar e outros homens. O grupo de guardiões se assustou com a possibilidade de emboscada.

“A gente acabou observando do outro lado que já tinha gente deitado, posicionado com armas de fogo, e a gente já estava sob mira”, lembra Hernade dos Santos Guajajara.

O policial não tomou qualquer atitude sobre a retirada de madeira ilegal da reserva. E exigiu a liberação dos madeireiros e dos bois, o que acabou sendo feito pelos guardiões.

O policial é Robston Araújo de Souza, sargento da Polícia Militar na cidade de São João do Caru, às margens da reserva. A equipe do Fantástico o encontrou num posto da PM.

Repórter – O senhor atua em algum tipo de proteção ao pessoal que extrai madeira ilegal ali na reserva?
Robston – Não, senhor.

Repórter – Mas o senhor, como autoridade, não deveria ter prendido as pessoas que estavam envolvidas na extração ilegal de madeira dentro da reserva?
Robston – Não, senhor, porque até mesmo isso não é função nossa.

Repórter – Mas não houve prevaricação por parte do senhor, se o senhor não tomou atitude sabendo que as pessoas estavam extraindo madeira da reserva indígena?
Robston – Não, porque lá eu não vi madeira.

Um comentário:

  1. Eles não são apenas os GUARDIÕES, eles são os donos da terra, que sem muita consciência tomamos os seus lugares, desde a época do descobrimento do Brasil.
    Falam muito mas não tomam providências - é o famoso deixa como está para ver como fica. Todos dizem que a corrupção diminuiu no governo bolsonaro, as nossas vistas parece que sim mas por debaixo dos panos ela continua, e muito. Para haver tanto desmatamento alguém está ganhando e muito.

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