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14 março 2022

Abrigos de animais na Ucrânia: "Não vamos embora. Ficamos com os animais"


OPINIÃO:
muito amor, coragem e compaixão, assim mudamos o mundo!
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Os voluntários de abrigos de resgate para animais na Ucrânia recusam-se a abandonar milhares de animais de estimação deixados para trás em todo o país devastado pela guerra.

Um membro do bem-estar animal, Laura Simpson, que é fundadora do Harmony Fund, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar animais em todo o mundo, colabora com abrigos de resgate ucranianos há anos.

“Conhecemos estes abrigos e as pessoas que os administram, eles são como uma família e agora mais do que nunca precisam da nossa ajuda”, disse ao Daily Mail. “Falei com vários donos de abrigos e é claro que eles estão com medo, mas não vão abandonar os animais”.

Marina Dilly é a fundadora do Shelter Friend localizado em Dnipro, na Ucrânia, e abriga cerca de 650 cães e 200 gatos, além de outros animais que são trazidos quase todos dias. “A nossa cidade está vazia agora, não existe nenhum hospital veterinário. Estão fechados. Não há nada”, lamentou. "Não há ração seca para cães e o arroz é racionado", confessou, acrescentando: “Há uma grande escassez de comida de gato. Não é possível levar alimentos ou itens materiais para o abrigo. Temos comida suficiente para alguns dias, mas se ninguém nos ajudar e se a NATO não fechar o céu sobre a Ucrânia, temo que estes cães terão poucas chances de sobreviver”.

Shelter Friend, que abriu suas portas há dez anos, tem sido um porto seguro para os animais famintos deixados para trás. Dilly chama-os de “almas esquecidas” e não planeia abandoná-los. “Há apenas quatro de nós a cuidar dos animais, mas não vamos embora. Ficamos aqui com os animais”, afirmou. Apesar da falta de comida, Shelter Friend continua a receber animais trazidos de hospitais veterinários que foram forçados a fechar por causa da guerra ou deixados para trás pelos que fugiram do país.

Antes da invasão, muitos dos cães estavam em processo de adoção, mas foram interrompidos. “Há tantas famílias noutros países à espera dos seus novos animais de estimação, mas não tenho como levá-los para a fronteira”, explicou Dilly. "Não podemos transportar os animais agora porque as estradas estão cortadas, as fronteiras estão cheias e é muito perigoso", confessou.

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