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21 abril 2022

Polícia investiga vídeo de prática de "quebra pote" com gatos no interior do Piauí


OPINIÃO:
é um absurdo atrás do outro. Isso não é tradição, não faz sentido, viola não só as leis do país, como a própria moral humana. Deplorável! Todos os envolvidos precisam ser identificados e punidos.
 
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O vídeo de um gato, preso dentro de um pote de barro e perseguido por uma multidão de pessoas no município de Caldeirão Grande do Piauí, ganhou repercussão nas redes sociais e tem causado revolta em entidades protetoras dos animais. 

Nas imagens, o felino aparece preso dentro de um recipiente de barro enquanto uma aglomeração ao redor, muitas empunhando pedaços de madeira, aguardam o momento em que um popular quebra o pote e o animal sai em disparada.

O episódio teria acontecido na última sexta-feira (15) e as cenas foram rapidamente replicadas na internet. Em uma das publicações havia relatos de que o animal teria morrido após ser agredido pela multidão.

Por meio de nota, a Prefeitura Municipal de Caldeirão Grande do Piauí disse lamentar a ação, popularmente conhecida como “Quebra Pote”, é realizada há décadas na cidade pela própria comunidade, mas sem apoio do poder público.

No comunicado, a gestão municipal se compromete em cooperar com os órgãos e autoridades competentes para apurar  o caso e em executar ações de conscientização da população e políticas educativas para “mudar essa realidade”. 

 
Delegado abre inquérito 

O delegado Emir Maia, titular da Delegacia do Meio Ambiente, informou ao Cidadeverde.com que a delegacia tomou conhecimento do caso em Caldeirão Grande do Piauí no domingo (17) e que na segunda-feira (18) lavrou um boletim de ocorrências sobre o caso. 

“Ouvimos um ambientalista ligado à causa animal, que nos encaminhou vídeos, imagens, e instauramos um inquérito policial. Vamos até a cidade para saber se realmente se trata de um crime ou não”, destacou o delegado Emir maia. 

O delegado criticou ainda a notícia de que o fato trataria de um costume na cidade. O que, segundo o delegado, não exclui o crime. 

“Ele não pode ser contra a lei. Nós iremos à cidade para identificar os autores. Se realmente as evidências vierem nesse sentido, se for no crime de maus-tratos, os autores serão indiciados e o inquérito remetido à Justiça”, completou o delegado Emir Maia. 


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