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22 abril 2022

Prefeitura de Botucatu (SP) encerra contrato com empresa que administra o Canil Municipal


OPINIÃO:
o abandono dessa cadelinha foi um crime covarde e cruel. Injustificável! Além de romper contratos, é preciso que os responsáveis também sejam punidos pelo crime de abandono e maus-tratos. 
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Uma reunião entre a Prefeitura de Botucatu (SP) e ativistas pela causa animal decidiu que vai encerrar parte do contrato com a empresa Pirangi, que atualmente administra o Canil Municipal. A reunião foi realizada nessa quarta-feira (20), após o flagra de um funcionário em uma viatura do canil supostamente abandonando uma cachorra em uma rua da cidade.

A partir de agora, será feito um termo de colaboração para que outra Organização Social (OS) passe a gerenciar as atividades do local pelos próximos meses.

Segundo apurado pela TV TEM, a reunião ocorreu de portas fechadas no gabinete. O prefeito Mário Pardini conversou com representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) e protetores independentes para discutir o plano de intervenção no canil.

Procurada pela produção da TV TEM, a empresa Pirangi disse que não foi comunicada sobre a decisão.

A decisão foi tomada depois da repercussão de um vídeo, publicado na ultima segunda-feira (18). Nas imagens, é possível ver o momento em que um funcionário do canil é flagrado ao soltar o animal em uma rua do bairro Jardim do Cedro.

Brisa, uma cadela de aproximadamente sete anos, foi resgatada por uma voluntária de uma ONG de proteção animal e passou por exames em uma clínica. Segundo a veterinária, ela está com anemia e problemas nos rins.

A prefeitura abriu uma sindicância para apurar a suspeita de abandono por parte do funcionário. Na próxima semana, uma nova reunião está marcada para definir o processo de transição da gestão do canil.


Lei do cão comunitário

A supervisora veterinária do Canil Municipal, Sabrina Moreira Legatti, disse que a cachorra foi resgatada pelo órgão no último dia 11 de março e, desde então, passou por tratamento com antibióticos para erliquiose (doença do carrapato).

Ainda segundo a supervisora, a cachorra, após recuperada, foi solta no local (assim como mostra o vídeo) onde havia sido resgatada, com base em uma lei estadual que recomenda a soltura de "animais comunitários" no seu local de origem, onde possuem vínculos, mesmo que não tenha um dono definido.

De acordo com definição da lei nº 12.916/2008, o cão comunitário é "aquele que estabelece laços de dependência e manutenção com a comunidade em que vive, embora não possua responsável único e definido".

'Estado precário'

Entretanto, segundo Luciana Ferreira, voluntária da causa animal chamada para resgatar a cachorra, o animal precisou ser internado em uma clínica particular, pois apresentava um quadro de fome e de dores, o que inviabilizava a soltura.

"A gente sabe que eles [canil] fazem isso com base nessa lei, mas o que questionamos é que essa cachorra estava muito debilitada, anêmica e apática, e com muitas dores, e que nessas condições ela não deveria ser solta, a não ser que houvesse alguém que pudesse cuidar dela", disse Luciana.

Na avaliação preliminar feita na clínica, foi constatado que a cachorra, de cerca de sete anos, apresentava acúmulo de fezes e alterações nos rins, fígado e pâncreas. Exames de sangue ainda vão indicar a situação clínica do animal.

Segundo a voluntária, apenas depois de diagnosticada e tratada é que Brisa, nome provisório que a cachorra ganhou, terá seu destino definido.

Fonte: G1 

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