OPINIÃO: animais são parte da família e merecem ser reconhecidos como tal. Longe dos donos, os animais domésticos podem experimentar um grande sofrimento emocional. É ótimo saber que as empresas já estão abertas a este diálogo.
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Daisy cuida do bem-estar da equipe da Tungsten Collaborative, empresa de desenho em Ottawa. A seu lado, Delilah, uma basset hound, aproxima-se desta labradora de 12 anos… Ela quer brincar.
No escritório com dez funcionários, circulam outros cães, como Eevee, um galgo inglês, e Hudson, um pastor alemão, que late para chamar a atenção.
Daisy está, inclusive, em uma foto junto com a equipe no site da empresa, onde conta com uma breve biografia.
“Muitas das maiores inovações impulsionadas por Dave (McMullin, vice-presidente) surgiram em longas caminhadas com a Daisy”, afirma a companhia, acrescentando que a cadela tem “nove anos de experiência apoiando os melhores desenhistas”.
Aumento da atividade
“Aconselhamos as pessoas que tutelam animais domésticos que os tragam” para o escritório, disse à AFP o presidente da Tungsten Collaborative, Bill Dicke.
Para ele, a pandemia tornou as empresas mais tolerantes com animais no local de trabalho.
A inclusão da Tungsten Collaborative na lista Humane Society de empresas que aceitam cães provocou um aumento tanto da atividade comercial quanto da produtividade da equipe, alega Dicke.
Segundo uma pesquisa recente da Léger realizada para a PetSafe, metade dos canadenses (51%) apoiam a ideia de levar seu cão para o escritório.
A proposta é especialmente apreciada pelos mais jovens: 18% dos empregados entre 18 e 24 anos disseram que trocariam de emprego, se seus chefes não permitissem essa opção.
Diante dos cerca de 200 mil canadenses que adotaram um cão, ou um gato, durante a pandemia, os chefes que exigiram o trabalho presencial se viram obrigados a considerar flexibilizações.
Desafios
Para Johan Van Hulle, de 29 anos, a nova regra foi “foi fator-chave para a decisão” de aceitar uma proposta da Tungsten Collaborative no ano passado.
Nas construtoras Chandos and Bird, também em Ottawa, funcionários do setor de pesquisa nuclear estão visivelmente emocionados com a presença de Samson, um yorkshire terrier de 10 anos.
Seu tutor, Trevor Watt, não queria deixá-lo sozinho em casa quando retornou ao escritório em janeiro.
Ele imaginou que levá-lo para a empresa seria uma solução temporária. Mas o animal não apenas se adaptou ao escritório como conquistou os demais funcionários, que já levam Samson para passear.
“Ele adora vir para o trabalho”, disse Trevor Watt, que agradece por “não ter mais preocupações com ele”.
Para seu chefe, Byron Williams, acariciar um cão é uma excelente maneira de “relaxar após uma reunião”.
Mas a presença do melhor amigo do homem também traz desafios, por exemplo, para os empregados alérgicos, ou para quem tem medo de cachorro.
Ouvidos pela AFP, funcionários de outras empresas também se queixaram de manchas nos tapetes, latidos inesperados e pelos por toda a parte.
Fonte: UOL
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