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18 outubro 2022

Biscoito todo dia: posto dá casa e comida a mais de 50 'doguinhos' no PR


OPINIÃO:
Qualquer empresa que promova um trabalho de respeito como este merece todo nosso apoio e incentivo. Muito lindo......
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Abastecer o carro, comprar um lanche na conveniência ou até adotar um cachorro. Dos serviços que um posto de combustíveis em Campo Largo, no Paraná, oferece, um em especial tem chamado a atenção e conquistado a admiração dos clientes: o acolhimento que o local tem com animais abandonados. 

O posto do grupo Quinta da Cidade se define como "amigo dos animais" e compra casinhas, cobertores e alimenta os cães. Por lá, mais de 50 doguinhos foram acolhidos, vacinados e castrados.

São animais que perambulam pelas ruas sem dono, sem cuidados. Ao chegaram ao local, recebem carinho imediato e se juntam o restante da "matilha". O posto chegou a construir um canil para abrigar a todos.
 
Voniro Quinta, gerente geral do grupo Quinta, conversou com Ecoa. Ele conta que o acolhimento aos animais começou há cerca de dez anos, quando o primeiro filhote apareceu no empreendimento. O cachorro havia sido abandonado e chegou com vários ferimentos, o que sensibilizou os funcionários.
"Hoje ele ainda está conosco. Está bem velhinho, mas sendo muito bem cuidado. Os cachorros sempre estão procurando o que comer. Como no posto de combustível param muitos caminhoneiros, que costumam cozinhar, os cachorros vêm pelo cheiro, e muitos são abandonados pelos donos pois sabem que ali são bem cuidados", disse.


"Os recursos são da própria empresa. Nunca pedimos nada para manter os animais."

O grupo tem oito canis e casinhas e cobertores para os animais que vão chegando na loja. O gerente explica que, além do abrigo, os animais têm alimentação, água, veterinário e principalmente carinho dos proprietários e colaboradores.

"Os canis se tornaram necessários devido à quantidade de animais. Dão segurança para eles, pois circulam muitos veículos por lá. Os que chegam são colocados nos canis até se adaptarem. Às vezes, tem algum mais bravo e temos que ter o cuidado para não ferir outros animais e as pessoas que circulam, mas todos são muito bem recebidos", ressaltou.

Após adaptação, os cães se acostumam com os cuidados e não vão embora. Eles se sentem seguros no posto e por lá vão ficando. Eventualmente, revela o gerente, os animais encantam algum cliente e ganharam casa nova, com uma nova família.

Foi o que aconteceu com a cadela Menina. Acolhida pelo posto, foi cuidada e ao receber a visita de um casal amantes dos animais, acabou sendo adotada. Eliane Migliorine, que atualmente tem 12 cachorros, contou a Ecoa que foi "amor à primeira vista". Ela é moradora de Maringá e passou pelo posto de Campo Largo no retorno de uma viagem de carro.


"Todos os meus cachorros são adotados. Passei pelo posto e me apaixonei por ela assim que nossos olhos se encontraram. Estávamos vindo da praia e paramos para abastecer. Sempre levamos uma cachorrinha pequena que temos. Fui dar uma volta com ela e vi que tinha os cachorros no canil e fui vê-los. 

Quando me aproximei, ela veio toda feliz para pedir carinho. Quando olhei nos olhos dela, vi puro amor. Me apaixonei no mesmo instante", relembrou.

Naquela ocasião, Eliane não pôde levar a cadela. Ela lembra que chegou a sua residência e ficou com a cachorra no pensamento. Buscou o contato do posto e perguntou se poderia adotá-la. Depois da resposta positiva, se organizou para buscar a nova integrante da família.

"Meu coração já estava tomado de amor por ela. Voltei a Campo Largo para buscá-la. Menina já está castrada, vacinada, tem a caminha e os brinquedinhos dela. É muito amorosa", disse.

A tutora de Menina é só elogios ao pessoal do Posto Quinta. Ela considera que se todos fizessem ao semelhante pelos animais, eles estariam mais protegidos.


"O posto está de parabéns. Eles são muito especiais são anjos que Deus colocou na terra para ajudar esses seres tão incríveis, que só sabem nos dar amor. Que Deus os abençoe muito e que recebam em dobro todo o bem que fazem", destacou.

Voniro Quinta conta que os recursos para cuidar dos animais do posto vêm do próprio Grupo Quinta. Os cobertores e abrigos foram comprados, segundo ele, porque a região faz muito frio.

"Nunca pedimos nada para manter os animais. Ração, veterinário, cuidadores... Tudo pago pelo grupo. Eles ganham biscoitos todos os dias. Eles ficam em nossos pés, embaixo das mesas, são nossas companhias o tempo todo", concluiu.

Fonte: ECOA

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