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18 março 2023

Atropelamentos estão entre as principais causas de morte de animais silvestres no Brasil


OPINIÃO:
Jamais poderia imaginar estar viva para assistir uma matéria desta no Jornal Nacional.... Muito bom!!!!! Venho de um tempo que falar de bichos na imprensa era coisa menor..... Graças ao trabalho educacional que ongs como a nossa "Fala Bicho" fizeram, podemos considerar que valeu a pena...
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O tamanduá-bandeira, ameaçado de extinção, também corre perigo nas estradas. A cada 100 km, 40 deles são mortos. Os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de animais silvestres no Brasil.

Um tamanduá-bandeira caminhava no meio da rodovia. O animal saiu ileso, mas um tamanduá-mirim, uma capivara e uma sucuri não tiveram a mesma sorte. Cenas que se tornaram comuns na BR-262, rodovia que leva ao Pantanal de Mato Grosso do Sul.


Uma onça-pintada também perdeu a vida. Segundo o Instituto Homem Pantaneiro, 17 onças-pintadas já morreram vítimas de atropelamento de 2016 até fevereiro deste ano.

Iniciativas em Minas Gerais ajudam na prevenção de atropelamento de animais nas estradas
“O tempo que esses animais demoram para criar um filhote, até esse filhote chegar a uma idade e conseguir andar sem a mãe e, consequentemente, continuar perpetuando essa população, isso afeta diretamente a população de onças. A gente não quer ver esse risco dentro desse status de ameaça aumentando", conta o pesquisador do IHP Diego Viana.

O tamanduá-bandeira, ameaçado de extinção, também corre perigo nas estradas. A cada 100 km, 40 deles são mortos. Muitos são monitorados com colares de rastreamento.

"A gente hoje conhece os lugares mais perigosos para os atropelamentos de tamanduás e de outros animais, e a gente tem uma diversidade de medidas que podem ser aplicadas para tornar as estradas mais seguras para todos", diz o presidente do Icas, Arnaud Desbiez.

Em muitas regiões o cenário é de vegetação nativa às margens da rodovia, um ambiente natural para os animais. Segundo os pesquisadores, como o período é de chuvas acima da média, muitos bichos saem das áreas alagadas e chegam às estradas em busca de comida, o que aumenta os riscos de atropelamentos.

"Nós estamos cruzando o ambiente natural e o que a gente tem que entender é que a gente tem que pagar o preço. Então nós geramos o impacto e de alguma forma com pesquisa, com investimento, com medidas a gente tem que tentar mitigar isso", conta o coordenador do Centro Brasileiro de Estudos de Ecologia em Estradas da Universidade Federal de Lavras, Alex Bager.

A polícia intensifica as ações de orientação nas rodovias, já que o risco existe para a fauna e para os motoristas também.

"Alguns motoristas também já perderam a vida, principalmente quando envolve grandes felinos, grandes mamíferos, porque as perdas são maiores", alerta a sargento da Polícia Militar Ambiental de MS Vânia Marques.


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