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08 novembro 2023

Vaquitas: quantas existem e por que elas estão à beira da extinção?


OPINIÃO:
  Mais um animal a beira da extinção.... Não conhecia esta espécie de marinhos..... Triste, não? São parecidos com os golfinhos....
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As vaquitas, os menores mamíferos marinhos do mundo, estão à beira da extinção, e a Comissão Baleeira Internacional (CBI) emitiu seu primeiro alerta de extinção em 70 anos de história. Estima-se que apenas 10 vaquitas permaneçam no planeta, habitando o Golfo da Califórnia, próximo à costa oeste dos Estados Unidos e do México. 

Com uma população tão reduzida, é vital entender por que essas criaturas adoráveis estão desaparecendo e quais esforços estão sendo feitos para salvá-las.
 
A triste queda nos números
No início de 2017, a população de vaquitas era estimada em cerca de 30 indivíduos. Hoje, esse número diminuiu drasticamente para apenas 10. A principal razão por trás desse declínio é a pesca ilegal de totoabas, peixes ameaçados, usando redes de emalhar. 

O totoaba, também conhecido como totuava, é procurado por sua bexiga natatória, que tem grande demanda na culinária e medicina chinesas, sendo vendido a preços exorbitantes.


Essas redes de emalhar, embora destinadas à pesca do totoaba, também capturam vaquitas por acidente. As vaquitas são animais pequenos, medindo entre 1,2 e 1,5 metros de comprimento, e sua população já estava em risco devido ao declínio dos totoabas. 

Como resultado, uma ação decisiva tornou-se urgente para evitar a extinção completa das vaquitas.
 
Esforços para a conservação das Vaquitas
Diversas instituições e governos tentaram, em várias ocasiões, salvar as vaquitas do desaparecimento iminente. Uma das parcerias notáveis foi entre o governo mexicano e a Fundação Leonardo DiCaprio, que se comprometeram a preservar o ecossistema regional.

Uma abordagem adotada envolveu o uso de golfinhos treinados pela marinha mexicana para localizar vaquitas e conduzi-las a refúgios destinados a programas de reprodução em cativeiro. 


No entanto, essa iniciativa foi interrompida após a morte de uma das fêmeas capturadas, destacando os desafios e complexidades envolvidos na conservação desses animais.
 
Atualmente, a marinha do México implementou uma estratégia drástica, conhecida como “zona de tolerância zero”. Essa estratégia envolve o uso de 193 blocos de concreto ao longo da costa para impedir a utilização de redes de emalhar. 

Em teoria, essa medida conseguiu reduzir a atividade em 90% na área, mas há preocupações de que isso possa simplesmente deslocar o problema para fora dessa zona, expondo vaquitas que saem da área de proteção.

Qual o mamífero mais raro do mundo?
Embora as vaquitas sejam, sem dúvida, um dos mamíferos mais raros do mundo devido à sua população crítica, há outras espécies igualmente ameaçadas que merecem destaque. Entre elas, está o lobo-vermelho, também conhecido como lobo-de-marsupiais, nativo da Austrália. 

Com uma população estimada em menos de 30 indivíduos em seu ambiente natural, o lobo-vermelho é uma das espécies de mamíferos mais raras do mundo.

A principal ameaça a essa espécie é a destruição de seu habitat e a predação por espécies invasoras. Portanto, é fundamental não apenas focar na preservação das vaquitas, mas também em outras espécies igualmente vulneráveis, a fim de garantir a diversidade da vida selvagem no planeta.

No entanto, a situação das vaquitas destaca a urgência de tomar medidas para proteger essas criaturas incrivelmente raras e preciosas. 


A colaboração entre governos, instituições de conservação e a conscientização pública desempenham um papel crucial na preservação das vaquitas e de outras espécies ameaçadas.
 
A situação das vaquitas destaca a importância da proteção da vida marinha e a necessidade de colaboração internacional para evitar a extinção de espécies ameaçadas. 

As vaquitas são um lembrete vívido de como as atividades humanas podem ter impactos devastadores na natureza e sublinham a necessidade de agir com urgência para preservar a biodiversidade do nosso planeta.

Fone: Olhar Digital - Por Danilo Oliveira, editado por Bruno Ignacio de Lima 

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