OPINIÃO: a falácia do bem-estar animal não conhece limites. Deixar uma porca amamentar seus bebês enquanto os produtores especulam qual será a melhor hora de matá-los ou quanto lucro darão não é só cruel, parece sintomático de psicopatia. Libertem os animais se há alguma preocupação sincera com o bem-estar deles!
Antes vista como uma preocupação restrita à indústria de alimentos, a discussão sobre o bem-estar animal tem ganhado destaque também entre os consumidores. Segundo levantamento da agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), 87% da população brasileira dá preferência a empresas que adotam práticas conscientes e sustentáveis em suas rotinas produtivas. Entre elas, a responsabilidade com o cuidado animal se mostra um dos temas mais abordados pelos entrevistados.
Mas, apesar de se tratar de um tema novo para o grande público, os cuidados com bem-estar animal não são novidade para a indústria alimentícia brasileira. Diversos selos, nacionais e internacionais, já certificam as operações de empresas focadas nos setores de proteína animal, como no caso do segmento de carne suína.
Nesse ramo industrial, as práticas que miram o bem-estar animal não apenas atestam o comprometimento da indústria com a sustentabilidade, mas também trazem uma expectativa de benefícios na qualidade dos produtos a longo prazo. Este é o caso da Cooperativa Agroindustrial Castrolanda, umas das holding da Unium, detentora da marca Alegra, com sede na cidade de Castro, nos Campos Gerais, que inaugurou, em 2021, uma nova maternidade, a quinta da Unidade de Produção de Leitões I (UPL), ampliando assim a idade de desmame dos suínos. O projeto procurou se adequar ao primeiro conjunto de normas relacionadas ao bem-estar animal vigente no Brasil, instituídas pelo Ministério da Agricultura no fim do ano passado.
Tal normativa também está alinhada às demandas da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para a produção de suínos, o que permitirá o aumento das exportações da carne suína brasileira nos próximos anos.
“Maternidade suína”
O novo investimento busca diminuir o impacto do desmame de suínos em seus primeiros dias de vida. “Realizamos esse investimento com foco principal no aumento do bem-estar animal, com a diminuição do estresse desses suínos, já que eles passam 25% de tempo a mais com suas mães na maternidade, de 21 para 28 dias, nesse primeiro processo. Além disso, a mortalidade na creche (próxima etapa da produção) cai praticamente pela metade e, com isso, reduz-se a necessidade do uso de antibióticos nos animais, o que nos gera uma expectativa de benefícios para a qualidade dos animais e produtos ao consumidor”, explica o coordenador de produção da Cooperativa Castrolanda, Euler Kiefer.
Segundo ele, o principal objetivo é qualificar ainda mais o processo de preparo dos suínos. “Teremos animais com maior vigor, menos estressados e com um peso maior e, por consequência, resultados melhores de nossos cooperados. Além disso, temos realizado também investimentos preventivos em vacinas, que diminuirão a necessidade do uso de antibióticos nos animais”, completa Kiefer.
Fonte: O Presente Rural
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