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29 outubro 2021

Pastagem ocupa 75% do desmatamento em florestas públicas na Amazônia, aponta Ipam


OPINIÃO:
vivemos em um necroestado que tem como orientação destruir em nome do lucro e da ganância. Se os incêndios do Pantanal causaram a morte de 17 milhões de animais, o que vocês acham que aconteceu com as espécies que viviam nessas áreas que foram devastadas? Não há estudos e nem interesse do governo em calcular isso, a única coisa que importa é mover a máquina da morte. 
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Pastagens ocupam 75% das áreas desmatadas em terras públicas não destinadas na Amazônia, revelou um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) publicado na terça-feira (26).

Em pouco mais de duas décadas, entre 1997 e 2020, foram desmatados 8% das florestas públicas existentes da Amazônia Legal, um total de 21 milhões de hectares. A área devastada neste período é maior que o estado do Paraná.

A emissão de gases estufa associada a essa destruição chega, no período analisado, a 10,2 gigatoneladas de CO2, correspondendo a cinco anos de emissões nacionais de gases estufa do Brasil.

Veja o que mais revelou o estudo do Ipam:

- 44% de todo o desmatamento na Amazônia dos dois últimos anos (2019 e 2020) ocorreu em terras públicas;

- 67% do desmatamento registrado nas terras públicas em 2019 e 2020 aconteceu nas florestas não destinadas;

- 22% da área desmatada em terras públicas não destinadas na Amazônia é abandonada; Após 5 anos, essas terras apresentam algum grau de regeneração da vegetação;

- Conversão da floresta em pasto é "regra" em terras devolutas e florestas não destinadas na Amazônia.

De acordo com a nota técnica do estudo, o boi criado nessas áreas públicas desmatadas e griladas é vendido para outras fazendas, e, "mais cedo ou mais tarde, acaba invariavelmente em um frigorífico. Como as empresas não monitoram o cumprimento de regramentos sociais e ambientais de seus fornecedores indiretos, ele não é computado como carne de desmatamento ilegal".

“A grilagem é um fator de risco para o equilíbrio climático do planeta, e ainda carrega para o setor da pecuária dois problemas: ilegalidade e mais emissões de gases do efeito estufa”, diz o pesquisador sênior do Ipam, Paulo Moutinho.

O problema não para por aí, segundo o Ipam: o desmatamento em terras públicas vem se intensificando nos últimos dez anos, período em que ocorreu 52% de todo o desmatamento registrado na área.

Outro levantamento deste ano sobre conversão das terras em pastagens, do MapBiomas, mostrou que a agropecuária foi responsável por 90% da perda de vegetação natural do Brasil entre os anos 1985 e 2019.

Ao todo, a Amazônia Legal tem 276,5 milhões de hectares de florestas públicas. Se fosse um país europeu, a área perderia em território apenas para a Rússia.

Terras públicas

Terras públicas são áreas sob o domínio e responsabilidade da União e dos Estados. Elas podem ser destinadas - é o caso das Terras indígenas e unidades de conservação - e não destinadas.

Segundo o Ipam, o desmatamento e a conversão em pastagem ocorrido nas terras públicas nos últimos 20 anos se deram quase que exclusivamente nas não destinadas, já que Terras indígenas e unidades de conservação apresentaram apenas de 1% a 2% do desmatamento.

O dado do Ipam vai de encontro com um levantamento do MapBiomas, publicado em agosto, que mostrou que os territórios indígenas são as áreas mais preservadas do Brasil nos últimos 35 anos.

Fonte: G1 

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