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30 dezembro 2021

Do bolsonarismo à covardia: neonazista mata cachorro para intimidar técnicos da Anvisa


OPINIÃO:
com os mais indefesos e pela internet, são extremamente corajosos, mas na hora que o bicho pega só faltam chamar a mãe. Esse tipo de monstro só se sente motivado por que encontra na figura do presidente identificação. O nome disso não é extremismo, é imbecilidade mesmo! 
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Extremista, que faz saudação nazista e pede voto para o atual presidente, encaminhou imagens aterradoras para servidores do órgão que aprovou vacina para crianças, com seus endereços e CPF’s , dizendo que faria o mesmo com eles.

Entre as novas mensagens ameaçadoras encaminhadas para técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que aprovaram o uso de vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, feitas por seguidores extremistas do presidente Jair Bolsonaro, há um vídeo no qual um cachorro é morto por enforcamento pelo autor das imagens, que junto à cena aterradora anexada no e-mail volta a intimidar os servidores, dizendo que “fará o mesmo com eles”. A informação e as imagens macabras foram confirmadas e noticiadas pela jornalista Natuza Nery, da GloboNews.

O homem que mata o cão e faz ameaças reiteradas aos funcionários do órgão federal, ainda de acordo com Natuza, que por razões óbvias não reproduziu as cenas no canal de notícias, usa saudações nazistas e diz estar com “Bolsonaro 2022”. Ele mostra no texto que tem endereços e CPF’s dos técnicos.

“Os senhores irão pagar caro. Irei me deslocar da minha casa no RS até Brasília e irei purificar a terra onde a Anvisa está instalada. Usando combustível abençoado. O apocalipse se aproxima… Mas estarei bem longe quando o Xandão mandar os vagabundos parasitas da PF aqui pra casa”, é um trecho da mensagem eletrônica lida pela jornalista.

Polícia Federal abriu inquérito

A Polícia Federal instaurou inquérito, há pouco mais de uma semana, para investigar as ininterruptas ameaçadas de bolsonaristas a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após técnicos do órgão terem aprovado o uso de vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. A perseguição aos funcionários públicos teve início depois que o presidente Jair Bolsonaro estimulou, na sua live de 16 de dezembro, a identificação dos técnicos e insinuou “providências” contra eles por conta da autorização dos imunizantes para o público infantil.

Uma reportagem da TV Globo, veiculada em 20 de dezembro, mostrou que os diretores da Anvisa receberam novos e-mails com ameaças, o que motivou as diligências de agentes da PF para deter os extremistas. Um dia antes, no dia 19, o presidente do órgão, Antônio Barra Torres, encaminhou ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e ao Ministério da Justiça cobrando providências em relação aos criminosos e exigindo proteção para os servidores intimidados.

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