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22 janeiro 2022

Cadela SRD tem orelhas cortadas para ser vendida como pit bull em semáforo


OPINIÃO:
essa pobre cadelinha foi covardemente mutilada a sangue frio por noias que queriam dinheiro para comprar drogas. Os animais em situação de rua, além de todo o risco e privação que sofrem, ainda precisa suportar a crueldade do ser humano. Que bom que, apesar de todo sofrimento, ela teve um desfecho feliz. 
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A cadelinha Lillo, que não tem raça definida, foi resgatada há cerca de um ano após ter suas orelhas cortadas para ser vendida como pit bull por usuários de drogas em semáforo em Teresina. Assim como ela, muitos animais têm sido vítimas de maus-tratos na capital, segundo a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

Após serem resgatados, esses animais encontram refúgio em abrigos, onde aguardam adoção. No caso de Lillo, ela foi adotada pela programadora de serviços Mariângela Rodrigues, que, mais recentemente também adotou um cachorro que teve seu antigo dono preso em flagrante suspeito de enforcá-lo.

"Ela estava sendo vendida no sinal por usuários de drogas, vendida como pit bull, para isso eles cortaram as orelhinhas dela. E o outro que adotei estava em situação de maus tratos com o antigo tutor. O vídeo divulgado em que mostra ele sendo enforcado me chocou muito e fez eu querer adotar ele para que ele não passasse por isso nunca mais", contou a Mariângela.

Outras centenas de animais regatados após maus-tratos vão morar em abrigos, enquanto aguardam um novo lar. Um desses locais é o Lar do Nando, no bairro Jacinta Andrade, Zona Norte de Teresina.

No abrigo, que tem capacidade para cerca de 200 animais, voluntários cuidam diariamente de centenas de cachorros e gatos que chegam no abrigo, geralmente, debilitados.

De acordo com Fernando Machado, coordenador da instituição, há 7 anos ele acolhe animais vitimas de maus tratos e abandono. Eles chegam ao local e passam por diversos cuidados até ficarem prontos para adoção. O abrigo se mantêm, exclusivamente, por doações.

"A pesar de termos uma lei federal aprovada recentemente que criminaliza e que aumenta a pena para quem comete abandono e maus tratos contra os animais, parece que as pessoas se sentiram mais incentivadas a cometer o crime. Então, temos a lei, mas não temos uma fiscalização mais rígida", contou Nando.

Segundo o delegado Emir Maia, coordenador da DPMA, o número de boletins de ocorrência registrados pelo crime de maus tratos a animais aumentou em 2021. Em entrevista à TV Clube, o delegado informou que quase todos os dias alguma pessoa é presa por este crime na capital.

"No ano passado houve um aumento desses boletins de maus-tratos a animais. Hoje a pena é de 2 a 5 anos de reclusão. Reforçamos que não é porque uma pessoa esteja passando por dificuldades que o cão, por exemplo, pode estar acorrentado, que possa estar exposto à chuva ou sol o dia inteiro, que possa estar com parasita, doente ou sem a vacinação contra raiva. Porque essas coisa não tem nada a ver com a situação econômica da pessoa", afirmou Emir Maia.

Nando relatou que, devido à grande demanda, o espaço não consegue mais abrigar todos os animais. Então parte dos cachorros e gatos com a saúde recuperada vão moram em um sítio da instituição na zona rural de Teresina.

"É muita demanda e a gente não vê o poder público se manifestar em relação a alguma melhoria ou mudança, algo que vá trazer um benefício rápido e não uma promessa, por exemplo", lamentou o cuidador.

Nando contou que seu maior desejo é que esses animais ganhem uma nova chance de viver, em um ambiente adequado e cercado de amor.

Fonte: G1 

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