OPINIÃO: Que coisa maravilhosa... se bem que é um perigo noticiar estas coisas... tem caçador coçando o dedo no gatilho....
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Em quase 20 anos, a pesquisa mostrou que o número de onças-pintadas mais que dobrou. Em 2005, a estimativa era de 40 animais, pouco para garantir a sobrevivência da espécie.
Um projeto de preservação da Mata Atlântica já conseguiu um resultado promissor na população de onças-pintadas no Parque Nacional de Foz do Iguaçu.
A cada dois anos, pesquisadores instalam armadilhas fotográficas na floresta para monitorar a população de onças vivendo no maior corredor verde da Mata Atlântica. É uma área de mais de 580 mil hectares, que abriga o Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil e na Argentina, onde estão as cataratas.
No último censo, 224 pontos diferentes foram observados por quatro meses.
“A gente identifica as onças pelas pintas, ou rosetas. Não tem duas onças iguais, é como se fosse uma impressão digital”, explica a coordenadora executiva do projeto Onças do Iguaçu, Yara Barros.
As câmeras espelhadas pelo corredor verde capturaram mais de 3,5 mil fotografias. 55 onças adultas foram flagradas. Para estimar a população do parque, os pesquisadores fazem um cruzamento de informações com base na área monitorada e na quantidade de onças diferentes registradas.
Em quase 20 anos, a pesquisa mostrou que o número de onças-pintadas mais que dobrou. Em 2005, a estimativa era de 40 animais, pouco para garantir a sobrevivência da espécie.
O censo divulgado neste sábado (3) mostrou que já são, em média, 93 onças vivendo nessa região. Isso graças a conservação da floresta e o combate à ação de caçadores.
“Essa população dobrou de tamanho e, agora, entrou numa fase de estabilidade. Todo esse trabalho que a gente faz com as comunidades para aumentar a tolerância, reduzir o abate, está, possivelmente, salvando várias onças ao ano”, diz Yara.
Só do lado brasileiro, são em média 25 onças. Augustin Paviolo, coordenador argentino da pesquisa, conta que pelo menos 10 animais circulam entre Brasil e Argentina.
"Para as onças não são dois países, é uma mesma região de mata contínua onde elas vivem", diz Paviolo. No parque famoso pelo som das águas, o barulho das onças é cada vez maior.
Fonte: G1/Jornal Nacional
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