Um generoso filantropo francês, não identificado, deixou em seu testamento uma quantia em dinheiro para alguns beneficiários incomuns - um bando de gatos que vivem no porão do Museu Estatal Hermitage, em São Petersburgo (Rússia).
Cerca de 50 gatos vivem no famoso museu que abriga 3 milhões de obras de arte, artefatos e esculturas espalhados por edifícios, incluindo o Palácio de Inverno. O local é o lar de gatos desde a época da imperatriz Elizabeth, que reinou de 1741 a 1761, de acordo com o museu.
Catarina, a Grande, a fundadora do Hermitage, deu aos gatos o status de guardiões das galerias de arte, informou a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, observando que os gatos foram alojados para manter os roedores longe das instalações. Os bichanos sobreviveram a guerras sucessivas, à invasão das forças de Napoleão e até mesmo à revolução que derrubou o regime czarista.
Os gatos, no entanto, não sobreviveram durante o cerco nazista de Leningrado (1941-1944), o nome da cidade sob o domínio soviético. A população faminta da cidade não tinha escolha a não ser comer todos os seus animais de estimação para sobreviver. Diz a lenda que a guarda felina do palácio foi trazida de volta à vida quando a Segunda Guerra Mundial terminou, quando novos recrutas foram trazidos de trem de toda a Rússia.
Na década de 1960, havia tantos gatos no Hermitage que as autoridades decidiram que seria melhor abandoná-los. No entanto, a população de ratos proliferou e, alguns anos depois, os gatos encontraram novamente seu lugar.
Atualmente, eles são cuidados por voluntários e funcionários do museu, e apoiados por doações, segundo o museu, que lembra que os animais têm máquina de lavar própria e os serviços de um veterinário local.
Mikhail Piotrovsky, diretor-geral do museu, afirmou que o milionário filantropo ficou tão fascinado com os animais que deixou uma "pequena soma" para eles no testamento. O valor, que não foi revelado, será usado para a realização de obra no porão, onde os felinos vivem. Os gatos do museu são populares entre a população de São Petersburgo e até Vladimir Fortov, presidente da Academia de Ciências da Rússia, encantou-se por eles, contou Piotrovsky.
Fonte: EXTRA
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