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08 junho 2021

Práticas integrativas previnem doenças e estresse em animais no Zoológico de Uberlândia


OPINIÃO
: Sei que muita gente condena os Zoológicos e eu também. MAS, em certos momentos de preservação, acho o trabalho dos técnicos é muito bem feito. Penso que há uma certa evolução sobre os animais que ficam sobre sua responsabilidade.
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Reiki, acupuntura, cromoteria, aromaterapia e até cristalterapia. Todas essas técnicas passaram a fazer parte da rotina de tratamento dos animais no Zoológico de Uberlândia. As práticas têm sido fundamentais para prevenir doenças e até combater o estresse dos bichos.


Esses tipos de tratamentos não são comuns no dia a dia de animais. Por isso, a imagem da Giana, cobra de 6 anos de vida, recebendo a técnica chinesa de acupuntura, para aliviar os pontos de tensão e estresse, pode surpreender quem vê pela primeira vez. Giana não é a única que recebe tratamentos alternativos. O Billy é o mais velho do zoológico. Ele é um jabuti e, mesmo com o casco tão grosso, também participa das sessões, mas primeiro, precisa passar por um diagnóstico.


“Primeiro ele vai passar por uma consulta, onde a gente vai fazer uma avaliação do animal, para entender quais são os centros energéticos que ele tem que podem estar bloqueados ou não”, explicou a estudante de veterinária e terapeuta holística, Maria Eduarda Valentin. Ainda segundo ela, junto com isso, eles utilizam um pendulo, para fazer um processo de radioestezia. “Serve para que esse campo energético do pendulo vai acessar o campo energético do animal, mostrando para nós onde existe esse bloqueio ou não. Então, a doutora Heloisa já vai fazendo a aplicação energética no animal e depois a gente localiza para saber qual terapia que a gente vai usar”.

Tratamento
Após o diagnóstico, elas começam com a parte do tratamento que usam o processo de acupuntura por aquecimento, no qual usam uma lã, chamada moxabustão. “Fisicamente, todo o ponto de acupuntura é rico em inervação, então quando você estimula esse local, o corpo envia células de defesa, envia células que auxiliam no processo de cicatrização e também analgesia”, detalha a veterinária e terapeuta holística, Heloísa Castro Pereira.

Então a acupuntura, seja qual for a formula de estímulo, ela é benéfica para dores crônicas, cicatrização, estimulo de apetite. Ele (Billy) já é um animal idoso, então a gente está fazendo um estímulo da questão do sistema digestório dele, pois é um animal de cativeiro, então a gente está estimulando o fígado a trabalhar melhor, do estomago e o sistema urinário também”, completou.

Outras técnicas
Porém, não são todos os animais que aceitam esse tipo de contato tão próximo. Aí que entram as pedras, cristais, cores e até mesmo essências. Na aromaterapia, por exemplo, os óleos essenciais podem ser ingeridos através de cápsulas ou basta eles sentirem o cheiro do recinto para terem uma sensação de bem-estar.

“A gente utiliza os elementos naturais então a gente utiliza energia solar para que ela possa solarizar a água que vai na garrafa de vidro da cor verde. Então a gente vai elevando essas frequências energéticas junto com a frequência do cristal”, comentou Maria Eduarda.


Esse tipo de tratamento, com a água também tem um segredo. Um cristal e uma garrafa de cor diferente, que é a cromoterapia. A garrafa verde que Maria Eduarda disse fica um tempo no sol e depois vai para o Okira, gato do mato que chegou recentemente no zoológico.

“O zoológico está em reforma, então eles estão com nível de estres muito alto. A gente está utilizando de todos esses elementos para esse estresse vá diminuindo. Nós fazemos solarização da água e coloca no bebedouro dele e vai fazendo esse efeito”, completou a estudante.

Aceitação dos animais
Uma outra técnica utilizada é o reiki. Uma terapia que visa reestabelecer o equilíbrio através da transmissão de energia pelas mãos. Dessa forma, os animais do zoológico se acalma e aceitam melhor a presença dos humanos.

No caso dos papagaios, por exemplo, os transtornos comportamentais podem até desaparecer, de acordo com Heloísa. “Essas técnicas integrativas tratam o emocional do animal. Por exemplo, um distúrbio com essas aves é o arranchamento de pernas por estressa. Com essas técnicas, esses sinais desaparecem por completo”. Evandro Canelo, diretor do zoológico diz que a parceria tem dado resultados em diversos animais, que antes não gostavam de pessoas e da presença delas, mas atualmente passaram a aceitar.

“Nós temos, por exemplo a nossa onça-pintada, que ela tinha o hábito de chupar a própria calda. É um ato de mutilação, podemos assim dizer, que nós trabalhávamos o enriquecimento ambiental. Com a prática dessa medicina integrativa nós conseguimos reduzir e, em alguns momentos, eliminar esse hábito dela”, contou. A medicina veterinária integrativa é a associação dos tratamentos tradicionais com as terapias complementares, para dar mais energia e qualidade de vida aos animais. Para o diretor, as pessoas precisam expandir os aprendizados.

“O que nós aprendemos dentro das faculdades, sejam as faculdades intelectuais ou formadores, é uma forma muito tradicional. E hoje eu percebo que eu seria uma pessoa burra se eu continuasse com aquele pensamento que eu só deveria, por exemplo, tratar um olho de um animal. Hoje eu entendo que eu preciso tratar esse olho, que eu preciso tratar toda a parte sistêmica e não somente um único órgão”, finalizou.

Fonte: G1

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