OPINIÃO: enquanto não houver punições exemplares para a caça de animais, veremos histórias como estas se repetindo. É doentio tentar compensar uma hombridade inexistente com um prazer superficial e cruel. Essa companhia de turismo precisa ser boicotada e esse "caçador", esse homem tão corajoso que precisou atrair um animal indefeso com uma isca para matá-lo com requintes de tortura, precisa ter sua identidade revelada. Se a Justiça não cumprir seu papel, que a sociedade o faça!
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Um caçador estrangeiro gerou indignação depois de um leão considerado símbolo do Zimbábue, foi abatido com um arco e flecha, a poucos metros de onde Cecil foi morto em 2015.
O caçador, que seria americano, deixou o leão de 12 anos chamado Mopane sofrendo em agonia por 24 horas depois de atraí-lo para longe dos seus bandos no Parque Nacional Hwange, no Zimbábue.
Em um eco arrepiante da tragédia de Cecil — o popular leão massacrado pelo dentista americano Walter Palmer — o caçador supostamente rastreou Mopane com a ajuda da Dinguzulu Safaris, a mesma operadora de turismo usado por Palmer, relata o "New York Post".
A morte de Mopane desencadeou uma forte onda de repúdio, com o incidente sendo mostrado nas redes sociais como "a humanidade no seu pior".
"O prazer perverso que algumas pessoas obtêm em matar animais icônicos levou a vida deste nobre leão a um fim trágico. Outro caçador de troféus, gastando dezenas de milhares de dólares em uma jornada para matar, mostra o pior da humanidade", atacou Kitty Block, presidente da Humane Society, dos EUA.
Mopane, que chefiou dois bandos, foi abatido em 5 de agosto.
Tal como aconteceu com Cecil, é relatado que um grupo de caçadores usou uma isca para atrair o leão para Antoinette, uma concessão de caça que faz fronteira com o Parque Nacional Hwange sem qualquer barreira.
Comoção internacional
A morte de Cecil com uma flechada gerou protestos, incluindo de famosos, e comoção internacional. O felino era uma celebridade no Parque Nacional de Hwange, reserva ecológica fundada em 1928 que mantém mais de cem espécies de mamíferos, conseguindo um ótimo resultado na preservação animal. A polícia descobriu o crime depois de encontrar a carcaça do animal abandonada em uma fazenda. Ao localizarem o bichano agonizando, 40 horas depois, Palmer e os dois guias descobriram que se tratava de um animal monitorado. Eles tentaram destruir o colar rastreador e mutilaram a carcaça de Cecil. Entretanto não conseguiram impedir que a polícia o localizasse.
O dentista americano conseguiu deixar o Zimbábue antes que pudesse ser interrogado pela polícia local. Alvo de protestos em casa, o americano se disse arrependido.
Fonte: Extra
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