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30 agosto 2021

Equipes trabalham no resgate de animais atingidos por incêndio na Serra do Japi


OPINIÃO:
mais um incêndio, mais animais cozidos até a morte! O completo silêncio dos governantes! Vamos mudar logo o nome desse país de Brasil para INFERNO! 
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O incêndio que durou mais de uma semana na Serra do Japi afetou não só os moradores, como também os animais que vivem no local. Imagens enviadas à TV TEM mostram alguns deles fugindo das chamas e outros que não resistira. O fogo só foi controlado no nono dia, depois da chegada de chuva na cidade.

Nesta segunda-feira (30), as equipes continuam no local e fazem o trabalho de rescaldo e monitoramento da região. A queimada devastou mais de 10 milhões de metros quadrados na serra, que é considerada uma das principais reservas da Mata Atlântica no Estado de SP.

Além dos animais encontrados mortos, muitos outros foram socorridos com ferimentos e sinais de desidratação. A Associação Mata Ciliar montou uma base de apoio no local para atender os bichos.

Segundo apurado pela TV TEM, uma fêmea de cachorro-do-mato e uma irara foram atropeladas na Rodovia Edgar Máximo Zambotto. Já na terça-feira (24), quatro filhotes órfãos de cachorro-do-mato e dois filhotes de tapiti, também conhecidos como coelho-do-mato, foram encontrados sozinhos e levados para a base.

Um vídeo gravado por voluntários mostra uma família de saguis correndo pelas árvores na tentativa de escapar das chamas. Na manhã desta segunda (30), um ouriço que estava ferido também foi resgatado.

Investigação

A Prefeitura de Cabreúva (SP), cidade mais afetada pelo fogo, informou que prepara um relatório para o Ministério Público para identificar e punir o responsável.

O secretário de Meio Ambiente municipal, Maxwell Cavalcante Rodrigues, disse que vai ouvir as equipes que atuaram na linha de frente do combate à queimada na serra, como bombeiros, Defesa Civil e equipe do helicóptero Águia, da Polícia Militar, para colher informações para a confecção de um relatório que será entregue ao Ministério Público.

A suspeita é de que um curto-circuito em uma torre de transmissão de energia elétrica provocou todo o estrago. Agentes do Meio Ambiente estão fazendo o levantamento desse bioma para saber o que foi atingido, o que foi perdido.

"Esse relatório, a finalidade dele é demonstrar o real impacto causado pela queimada e tentar achar um possível culpado disso tudo", disse Maxwell.
O secretário informou ainda que agentes fizeram um trabalho intenso, antes de ocorrer o incêndio, para orientar a população para não fazer fogo ou queimada, principalmente, no período de estiagem.

De acordo com o ambientalista Flávio Gramolelli Junior, a área atingida abriga centenas de espécies de fauna e flora. "Muitas delas são endêmicas, só podem ser encontradas aqui. Isso demonstra a importância. As queimadas começam a desturir toda essa vida. Nós estamos destruindo um patrimônio genético, um patrimônio que é da humanidade", diz o ambientalista.

Ajuda do céu

A queimada na Serra do Japi começou no dia 20 de agosto e só foi dada como extinta depois da chuva da madrugada deste sábado (28). Segundo a Defesa Civil, choveu 21 mm em quatro horas na cidade.

"Toda a parte seca está molhada devido à forte chuva. Então, provavelmente não volte mais esse incêndio durante 5, 7 dias. Foi um trabalho bem árduo, teve que ter um trabalho em conjunto, Bombeiro, Defesa Civil, Águia, Polícia Militar. O local é de mata fechada, difícil acesso para chegar via terrestre. É um serviço que exige muito do bombeiro, com local que não é fácil de chegar. Mas graças a Deus deu tudo certo e positiva a nossa atuação junto com os outros órgãos", disse o tenente do Corpo de Bombeiros, André Tonon.

Mas o bombeiro explica que, mesmo com o fim do fogo, as equipes de brigada vão continuar monitorando a área por mais alguns dias para se certificar que não haja novos focos.

A decisão foi tomada durante uma reunião na manhã de sábado, na igreja do bairro Bananal, onde foi montada uma base de comando para decidir as ações de combate ao incêndio.

A área atingida pelo incêndio na Serra do Japi, em Cabreúva, ultrapassou os 10 milhões de metros quadrados, segundo o levantamento da Defesa Civil municipal.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Flávio Medrado, o que dificultou o trabalho é que a área afetada é grande e de difícil acesso. A aeronave da Polícia Militar não vai até a cidade neste sábado por causa da chuva.

'Prejuízo incalculável'

No total, mais de 100 pessoas trabalharam para combater as chamas desde o início do fogo, no dia 20 de agosto, entre bombeiros, guardas municipais, equipes da Defesa Civil e voluntários.

Apesar de a área já ultrapassar os 10 milhões de metros quadrados, as equipes acreditam que os danos podem se entender ainda mais. O trabalho de rescaldo continua nesta segunda (30).

Para o Secretário de Obras e Meio Ambiente da cidade, as consequências serão severas.

"O prejuízo é incalculável. Se pegarmos a questão da parte de vegetação, foi bem triste de ver a situação. É quase uma situação pós-guerra. Porque o fogo passou e acabou com tudo", afirma Maxwell Rodrigues.

Uma fazenda teve 20 colmeias atingidas pelo fogo na região de Cabreúva. Segundo apurado pela TV TEM, o apicultor e dono da fazenda chegou a perder 800 quilos de mel durante o incêndio. As colmeias ficavam dentro de uma área de mata na propriedade.

Fonte: G1 

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