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28 agosto 2021

Ex-militar britânico é barrado na entrada do aeroporto de Cabul com 200 cães e gatos


OPINIÃO:
vidas são mais importantes que documentos e burocracias. Por favor, deixem os animais partirem!
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Um ex-militar britânico teve sua entrada barrada no aeroporto de Cabul na quinta-feira quando tentava retirar os 200 cães e gatos de sua ONG de acolhimento de animais, a Nowzad, em um voo fretado.

Paul 'Pen' Farthing, um ex-membro da Marinha Real Britânica que serviu no Afeganistão em meados dos anos 2000, disse que, apesar de apresentar seu passaporte do Reino Unido, o embarque foi impedido pelos talibãs por causa de uma mudança na documentação exigida pelos EUA, que controlam o perímetro do aeroporto e o espaço aéreo de Cabul.

“Toda a equipe e os cães/gatos estavam em segurança 300m dentro do perímetro do aeroporto. Fomos rejeitados porque @JoeBiden @POTUS mudou as regras de papelada apenas 2 horas antes. Passamos pelo inferno para chegar lá e fomos levados para o caos daquelas explosões devastadoras”, escreveu no Twitter.

Farthing, sua equipe e os animais foram supreendidos por fortes explosões enquanto tentavam entrar no aeroporto de Cabul na quinta-feira, no que, soube-se depois, tratava-se de um ataque terrorista, posteriormente reivindicado pelo braço afegão do Estado Islâmico, o Isis-K, que deixou mais de 170 mortos e mais de 200 feridos.

"O mundo desabou onde eu estava, a cerca de um quilômetro das explosões no portão Abbey, e tínhamos o Talibã atirando para o alto", disse o fundador do abrigo à BBC. "Um deles descarregou um pente cheio de seu AK-47 bem ao lado da janela do nosso ônibus onde tínhamos mulheres e crianças".

Farthing e seus apoiadores vêm fazendo campanha nas redes para que funcionários da Nowzad e seus familiares, além dos 140 cachorros e 60 gatos, sejam removidos de Cabul desde a tomada da capital pelo Talibã no último dia 15, numa operação apelidada de "Arca de Noé".

No Twitter, o ex-combatente da Real Marinha Britânica chegou a apelar para Suhail Shaheen, um porta-voz da milícia islâmica, que garantisse a “passagem” segura de seu comboio até o aeroporto na quinta-feira.

“Prezado senhor, minha equipe e meus animais estão presos no entorno do aeroporto. Temos um voo esperando. Você pode facilitar a passagem segura do nosso comboio até o aeroporto?”, escreveu. “Já estamos aqui há 10 horas, depois de termos a certeza de que teríamos uma passagem segura. Realmente gostaria de ir para casa agora. Vamos provar que o EIA [Emirado Islâmico do Afeganistão, como o Talibã refere-se a si mesmo] está seguindo um caminho diferente.”

Segundo informações da BBC, um avião com financiamento particular que deveria decolar do aeroporto de Luton, em Londres, para resgatá-los foi cancelado antes por motivos de segurança. Um novo voo de um país vizinho ao Afeganistão deve ser usado agora, mas as autoridades afirmam que ele não pode pousar em Cabul até que Farthing tenha permissão para entrar no aeroporto.

O caso ganhou repercussão mundialmente, angariando críticos e apoiadores. O próprio ministro da Defesa britânico disse no início da semana que “facilitaria todas as etapas” para a Nowzad, mas que “a prioridade são as pessoas, não os animais de estimação”, e que “ninguém poderia pular a fila”.

Pen Farthing explicou em seu Twitter que os animais viajariam no compartimento de carga, que não pode ser utilizado para transporte humano. “O compartimento de carga está vazio —  colocamos os cães e gatos lá! E 250 pessoas na cabine!”

Além de cães e gatos, o abrigo fundado por Farthing em Cabul também resgata burros — que costumam trabalhar como animais de carga — desde os anos 2000.

Fonte: O Globo 

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