OPINIÃO: o profissional mais treinado e preparado para lidar com as situações mais perigosas atirou em um poodle por legítima defesa? Estamos mesmo confiando nossas vidas a esses militares?
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Um policial militar atirou em um cachorro de pequeno porte, da raça Poodle, durante uma abordagem policial nesta quarta-feira (11) em Muaná, no Marajó. A família, tutora do animal, contou que o cachorro, chamado Hulk, é dócil mas estranhou a presença dos policiais na residência e latiu bastante. O tiro foi disparado pelo PM identificado como Joel Rodrigues do Amaral.
Segundo o relato da família, os policiais já chegaram à residência com uma "abordagem agressiva" e o policial teria se incomodado com os latidos do cão. Ele chutou o animal e, em seguida, disparou o tiro contra ele. Os moradores contam, ainda, que após o tiro, o militar afirmou querer levar o cachorro para ser executado em uma estrada. Os tiros provocaram duas perfurações, sendo uma delas considerada grave.
Nesta sexta-feira (13), a família conseguiu viajar com o cão para Belém, pois, segundo eles, Muaná não possui estrutura veterinária para esse tipo de caso. "Foi um sufoco porque lá não tem clínica, não tem veterinário, nada preparado para um caso desse, que é uma urgência", declarou Ingrid Mombelli, dona do Hulk. A família precisou mobilizar uma arrecadação para arcar com a viagem e os custos de atendimento, internação e medicamentos do animal.
Os donos do cachorro pedem justiça e iriam registrar boletim de ocorrência sobre o caso ainda nesta sexta-feira (13), na Divisão Especializada em Meio Ambiente (DEMA), em Belém. A Polícia Civil informou, por meio de nota, que o caso está sendo investigado e todos os elementos do fato estão sendo apurados. A Polícia Militar ainda não se manifestou sobre a ocorrência.
Para oferecer ajuda à família de Hulk, é possível fazer doações em uma clínica veterinária que fica na travessa We 17, na Cidade Nova II.
Caso semelhante
O caso do Hulk não é o primeiro. Em dia 25 de dezembro, outro cachorro, chamado Lobinho, foi morto na travessa Angustura, no bairro da Pedreira, em Belém, após ser baleado. O tiro foi disparado também por um policial militar. Manifestantes chegaram a pedir a prisão dele, mas nunca houve punição.
Fonte: G1
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