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30 setembro 2021

Alta nos preços dificulta o cuidado com os animais de estimação


OPINIÃO:
o que o governo vai fazer para ajudar os protetores e famílias de baixa renda que ajudam acolhendo animais em situação de renda? Não há ajuda, só obstáculos. Esse país está indo ladeira abaixo. 
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Os moradores do Alto Tietê que tem animais de estimação já perceberam que até o preço da ração dos pets aumentou bastante nos últimos meses. Entre os motivos estão a falta de matéria-prima como o plástico, usado nas embalagens, e ingredientes importados.

Escassez que tem a ver com a pandemia que trouxe problemas na cadeia de abastecimento global. E isso afeta o orçamento de quem tem pet e precisa manter a qualidade do produto.

A auxilia administrativo Natieli Prado Diniz é tutora do cachorrinho Charlie que tem dificuldade para comer, por causa da gastrite. Para fazer com ele coma pelo menos duas vezes ao dia, não tem jeito, a ração tem que ser de boa qualidade. Um gasto de mais de R$ 200 a cada três meses. “A gente compra de 7 quilos para durar mais e também fica mais em conta comparado com a de 1 quilo. Então, a gente compra a cada três meses”, explica Natieli.

Além da ração, ela sentiu aumento em outros produtos, como o biscoito, que funciona como um aperitivo e passou de R$ 12 para quase R$ 20 reais. Os tapetes higiênicos também aumentaram.

Enfim, ela faz o que pode para economizar, mas mesmo assim o gasto está alto. “A gente usa suplementos, ou seja, às vezes eu coloco um frango aí já sobe o meu orçamento. Porque eu não tinha isso, sobe um frango, sobe um ovo o que a gente dá para ele para misturar na ração, seguindo o que a veterinária falou.”

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal o setor cresceu 5,2% no primeiro semestre desse ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda segundo, o sindicato com a alta na produção, os preços consequentemente também subiram.

Em um pet shop que fica em César de Sousa, em Mogi das Cruzes, o que mais aumentou foi o preço das rações. Algumas marcas reajustaram o valor até quatro vezes só nesse ano. “Geralmente, eles pedem para a gente seguir uma tabela e essa tabela são eles que passam e tiveram rações que tiveram três aumentos esse ano. Tem alguns clientes que davam as top de linha, que são as super premiuns, e já mudaram para Premium. Os que davam Premium estão passando para rações comerciais. A gente sentiu nessa diferenciação de qualidade der ação, principalmente”, explica a veterinária e comerciante Natália Rosinha.

Além das rações, tudo o que é derivado de plástico também subiu. Uma fonte de água para gato que custava cerca de R$ 50, hoje está R$ 85. “O que os fabricantes falam na verdade é esse déficit de matéria- prima, da formação de ração, a matéria-prima para fazer as casinhas de plástico, as fontes. Aí eles falam que por conta de alta demanda, baixa matéria-prima, tudo aumenta. Eles repassam esse aumento para a gente também.”

A manicure Adriana Araújo tem quatro gatos e, por enquanto, está se virando para continuar mantendo o mesmo padrão de ração de sempre. Mas confessa, se está difícil fazer a compra no mercado, a compra da ração fica em segundo plano. “Às vezes, eu venho aqui levo 4 quilos, levo 2 e assim vou indo. Porque além dos gatos tem mais os outros que precisa se alimentar né? A gente vai se virando como pode.”

Fonte: G1 

Um comentário:

  1. Sempre argumentei sobre esse assunto. OS DONOS DOS PET SHOPS E DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA ANIMAL, ESTÃO RICOS. As pessoas são obrigadas a descartar seus animais por não terem condições de comprar ração para eles. Será que é difícil ajudá-los ajudando seus donos ?

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