OPINIÃO: as ações desse acadêmico são louváveis e dignas de todos os elogios e celebrações. Esperamos um dia homenagear um cientista brasileiro que defenda a mesma bandeira!
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Professor emérito de psicologia da Universidade do Novo México, o bioeticista Dr. John Gluck, está sendo homenageado este mês pela organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA). O motivo é o seu trabalho pelo fim do uso de animais em experimentos.
Gluck, que é autor do livro “Voracious Science and Vulnerable Animals”, uma referência nos EUA contra o uso desnecessário de animais em pesquisas, conheceu a realidade da experimentação animal ainda nos anos 1960, quando era estudante da Universidade de Wisconsin.
Ele trabalhou no laboratório de pesquisa do psicólogo Harry Harlow, lembrado como um dos personagens mais controversos da experimentação animal nos EUA pelos métodos cruéis que utilizava envolvendo privação materna e indução de depressão em bebês macacos rhesus.
“Lembro-me de muitas vezes ver macacos no aparato experimental e parecerem tão desamparados, confusos e assustados. Isso me fez pensar…quem são esses seres? Chegou um momento em que não consegui mais evitar as perguntas”, diz.
“Há um problema ético…”
“Há um problema ético em ferir animais para o nosso bem. E devemos tentar fazer algo a respeito em vez de argumentar constantemente que não há como fazer de outra maneira.”
Segundo o bioeticista, não há pesquisa mais valiosa do que aquela que não entra em conflito com nossa própria integridade e coerência ética. “Nosso tratamento em relação aos animais é um reflexo direto de nossos valores em relação à vida e aos outros”, declara.
“Subestimamos a complexidade mental e a sensibilidade à dor dos animais e, portanto, o potencial de dano. A questão óbvia é por que os danos sofridos por esses animais, que serão pelo menos semelhantes aos humanos, não importam?”, diz.
John Gluck dedicou anos de trabalho na Universidade do Novo México a motivar seus colegas a explorarem pesquisas sem o uso de animais. Hoje ele é uma das vozes contra os experimentos realizados com macacos pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Fonte: Vegazeta
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