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23 novembro 2021

Abandono de animais cresce na pandemia em Belo Horizonte


OPINIÃO:
são nos momentos de crise que o verdadeiro caráter e natureza humanos se revelam... Contra fatos, não há argumentos! 
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Proprietários de clínicas veterinárias dizem que o abandono de animais de estimação cresceu durante a pandemia de Covid-19 em Belo Horizonte. O problema revelou ainda a dificuldade de registrar as ocorrências na polícia.

Câmeras de segurança registraram, na semana passada, o momento em que uma cadela foi abandonada na porta de uma clínica veterinária. A mulher que aparece nas imagens tocou a campainha e, logo depois, colocou a caixa de transporte do animal no chão. Antes de ir embora, ela ainda olhou para os lados conferindo se alguém estava olhando.

A cachorra foi resgatada pelos funcionários da clínica e estava com ferimentos em uma das patas. Os sinais de maus-tratos também foram encontrados em outras partes.

O abandono de animais é crime e, infelizmente, é uma triste realidade e que coloca a vida do animal em situação de risco.

A Lei Federal Sansão de 2020 aumentou a pena de detenção até cinco anos para crimes de maus-tratos envolvendo cães e gatos.

“No caso de cães e gatos, após a Lei Sansão, o procedimento a ser instaurado é o inquérito policial. Para os demais animais vitimados, vítimas de maus-tratos, seria o termo circunstanciado de ocorrência. Essa é a porta de entrada de investigação”, explica a investigadora especializada em crimes contra a fauna Luísa Lisboa.

“Se é um animal que está assim, em risco de morte, primeiro vamos socorrê-lo para depois tratar da parte da investigação. A vida do animal é prioridade", completa.

O Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte (CCZ-BH) recolheu mais de 1,5 mil cães e 1.206 gatos. Neste ano, até outubro, foram 983 cães e 914 gatos retirados das ruas.

Em uma clínica veterinária no bairro Caiçara, na Região Noroeste, mais de 20 gatos foram abandonados somente durante a pandemia. A Nina foi achada na rua e levada para o local dentro de uma caixa de papelão e estava com quatro filhotes na barriga.

São animais que muitas vezes chegam doentes, exigindo cuidados e muitos gastos com remédios. Para evitar que eles sejam deixados na porta clínica, depois de 19 anos no local, o médico veterinário Denerson Rocha resolveu colocar uma câmera de segurança.

"Com a pandemia a gente percebeu que isso se intensificou demais, demais. Tudo parece que está ligado à questão financeira, não dão conta de sustentar porque não são somente animais de rua", fala Rocha.

Há um ano e meio, a empresária Simone Mayrink dá todo o amor para a Mel, que foi achada no meio da rua. O detalhe é que ela já fez isso outras sete vezes e não consegue entender a crueldade de quem tem coragem de abandonar um animal.

"Não é só o risco que eles correm na rua de atropelamento, de maus-tratos e tudo mais. É a tristeza que eles sentem de serem abandonados assim. Acho muito cruel", fala a empresária Simone Mayrink.

O que diz a polícia

A polícia confirmou que houve um aumento nas ocorrências de maus-tratos a animais, mas não divulgou números. Declarou que um estudo comparativo entre o período anterior à Lei Sansão e o período posterior ainda está sendo feito.

O que diz a Prefeitura de Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, a prefeitura reforça que os pedidos de recolhimento de animais soltos nas ruas podem ser feitos no CCZ-BH ou por meio das polícias Militar, Civil, Rodoviária e o Corpo de Bombeiros.

Todos os animais que chegam ao centro passam por consultas e tratamento, incluindo vacinação contra a raiva. No caso de cães, a coleta de sangue é feita para a realização do exame de leishmaniose.

Fonte: G1 

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