OPINIÃO: considerado o maior caso de maus-tratos do país, é também um marco da impunidade! Um criminoso contumaz que saiu pela frente da porta da delegacia e não disfarça, apesar da repercussão, o desejo de ver esses animais mortos.
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O caso das búfalas encontradas, no início de novembro, em situação de maus-tratos em uma fazenda com 500 alqueires de Brotas (SP), ficou conhecido nacionalmente após famosas se manifestarem pelas redes sociais.
Diante disso, o g1 criou uma linha do tempo que explica, em ordem cronológica, os principais fatos envolvendo o caso para que o leitor consiga entender tudo o que aconteceu na cidade localizada a 246 quilômetros da capital paulista.
6 de novembro
Após uma denúncia, a Polícia Ambiental de Brotas foi até a fazenda Água Sumida e encontrou 22 carcaças de búfalos enterradas , além de centenas de animais com fome, sem água ou alimentos, em situação de abandono.
Na contagem inicial foi divulgado que as autoridades encontraram 335 vacas e 332 bezerros, todos do gênero bulalus (búfalo-asiático), confinados, em um pequeno espaço de uma Área de Preservação Ambiental da fazenda, já que a grande parte do pasto havia sido arrendada para a plantação de soja.
O proprietário do local, Luiz Augusto Pinheiro de Souza, foi multado em R$ 2,13 milhões. De acordo com a polícia, ele alegou que, devido à pandemia, não conseguiu comprar alimentos suficientes ou vender os animais.
10 de novembro
Com a chegada dos voluntários e a autorização da Justiça, as búfalas encontradas em situação de abandono, com fome e sede, puderam receber alimentos e água, além de cuidados veterinários.
A Polícia Civil prendeu o proprietário da fazenda, Luiz Augusto Pinheiro de Souza. Segundo o delegado Douglas Brandão do Amaral, o fazendeiro foi autuado por maus-tratos e irá responder por cada animal encontrado.
12 de novembro
Proprietário da fazenda paga fiança de R$ 10 mil e é liberado após decisão da Justiça.
15 de novembro
Voluntários montaram um hospital de campanha para cuidar dos animais feridos e desnutridos encontrados na fazenda Água Sumida.
18 de novembro
A juíza Marcela Machado Martininano manteve a decisão anterior que limitava em até dez pessoas o número de voluntários que podem entrar na propriedade e cuidar dos animais.
A magistrada também declarou que os voluntários estavam impedidos de alterar cercas, abrir valas, fazer piscinas e remover animais de áreas sem ordem judicial.
20 de novembro
Protetores de animais e representantes de ONGs protestaram em uma praça contra a decisão judicial.
O protesto foi organizado pelas ONGs que se voluntariaram para cuidar os animais. Os manifestantes carregavam cartazes com dizeres, como "SOS búfalas de Brotas" e "Senhora juíza queremos justiça". Eles alegavam que teriam que retirar o hospital de campanha montado na fazenda.
21 de novembro
A Polícia Civil prendeu em flagrante dois funcionários da fazenda após nova denúncia de maus-tratos aos búfalos que estão no local.
De acordo com a polícia, foi constatado que os funcionários não estavam dando água e comida aos animais. Eles também estariam impedindo a entrada na fazenda de representantes de ONGs para cuidar dos búfalos, permitindo somente acesso ao hospital de campanha, onde poucos animais se encontram.
Após a Justiça determinar que a tutela dos búfalos voltassem para o antigo dono, famosos, como Luana Piovani, Luísa Mell e Xuxa Meneghell, protestaram pelas redes sociais contra a decisão.
22 de novembro
A Justiça confirmou a decisão da Polícia Civil de Brotas (SP) que colocou a ONG Amor e Respeito Animal (ARA) como depositária da tutela dos 1.056 búfalos encontrados em situação de abandono e 72 cavalos da fazenda Água Sumida, após a polícia constar que os animais voltaram a ser vítimas de maus-tratos.
Os funcionários que haviam sido presos em flagrante, foram soltos durante a audiência de custódia.
24 de novembro
Reportagem do g1 conta que voluntários que atuaram em tragédias de Mariana e Brumadinho (MG), além da queimada no Pantanal, estão trabalhando no resgate das búfalas em Brotas.
25 de novembro
As carcaças dos animais mortos permanecem expostas na fazenda, atraindo animais e causando mau cheiro. Os voluntários aguardam autorização dos órgaõs de saúde para enterra-los.
Fonte: G1
Finalmente alguém me explicou esse caso passo a passo. Essa juíza é uma imbecil. Parabéns a esses voluntários abnegados. Eu gostaria de estar lá.
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