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23 novembro 2021

Funcionários de fazenda onde búfalos foram abandonados são presos


OPINIÃO:
a polícia está prendendo pessoas só para receber fiança? Porque com todas as provas de crimes de crueldade animal é INACEITÁVEL que o proprietário esteja em liberdade... 
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A Polícia Civil de Brotas (SP) prendeu em flagrante, no domingo (21), dois funcionários da Fazenda Água Sumida após nova denúncia de maus-tratos aos búfalos que estão no local.

De acordo com a polícia, foi constatado que os funcionários não estavam dando água e comida aos animais. Eles também estariam impedindo a entrada na fazenda de representantes de ONGs para cuidar dos búfalos, permitindo somente acesso ao hospital de campanha, onde poucos animais se encontram.

"Tinha pasto verde, bem ralo, mas sem água, sem nenhuma água. A hora que foi acionada a água, eles colocaram no bebedouro, mas não vencia aquela água, havia filhotes sendo pisoteados. Em outro local, com cerca de 100 búfalos, tinha água, mas não tinha pasto", disse o delegado Douglas Amaral Brandão.
Atualização: após a publicação desta reportagem, os dois funcionários passaram por audiência de custódia, na qual foram liberados. A reportagem foi atualizada às 15h15, desta segunda-feira (22).

Segundo o advogado de defesa, Celio Barbará, a fazenda está oferecendo alimento e água aos animais e nunca houve maus-tratos. Ele também disse que há um veterinário responsável por cuidar do gado e que irá vacinar e dar todos os tipos de medicamentos necessários.

No início do mês, a Polícia Ambiental recebeu uma denúncia e flagrou 335 búfalas e 332 bezerros, todos do gênero bubalus (búfalo-asiático) em situação de abandono.

Os animais foram colocados temporariamente sob tutela de uma das ONGs, mas uma decisão judicial devolveu a tutela ao proprietário, que já havia sido preso e multado em mais de R$ 2 milhões.

No sábado (20), protetores de animais e representantes de ONGs protestaram na praça Amador Simões contra decisão judicial.

No domingo, os policiais civis foram à fazenda e constaram que os animais estavam sem acesso à água. Segundo a polícia, o administrador da fazenda um capanga estavam obstruindo a ação dos voluntários da ONG. A polícia entendeu que houve descumprimento de uma ordem judicial e prendeu os dois em flagrante.

Decisão judicial

A decisão, assinada pela juíza Marcela Machado Martininano, na última quinta-feira (18), retirou a tutela provisória dos animais da ONG Amor e Respeito Animal (ARA), que havia sido concedida por um período de 15 dias pelo juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo, em 11 de novembro.

Dentre as determinações, a nova decisão judicial devolveu ao proprietário da fazenda Água Sumida, Luiz Augusto Pinheiro de Souza, a tutela e a responsabilidade sobre cerca de mil búfalos.

A Justiça também determinou a retirada do hospital de campanha montado dentro da propriedade pela ONG ARA para atender 24 horas por dia os animais que estavam em situação de desnutrição ou machucados.

A estrutura foi montada para instalar todos os medicamentos, soro e vitaminas necessários para a recuperação dos búfalos e, segundo os voluntários, sua retirada prejudica o atendimento aos animais.

“Não existe a possibilidade de cuidar dos animais sem o hospital de campanha dentro da fazenda. Então, retirando do local a infraestrutura, o trabalho fica inviável. O proprietário quer que os veterinários e voluntários cuidem dos bichos e vão embora, mas não tem como, porque eles precisam de tratamento 24 horas”, afirmou a advogada Antília Reis.

Fonte: G1 

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