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14 janeiro 2022

Com enchente, animais ficam ilhados em telhados de casas no Maranhão


OPINIÃO:
os mais vulneráveis são sempre os que mais sofrem e são deixados para trás. Há muitos ativistas lutando para resgatar esses animais, mas, infelizmente, o número de vítimas é muito maior que número de heróis dispostos a arriscarem para salvarem. 
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A chuva que atinge o Maranhão desde a última semana além de afetar os moradores de várias regiões também impõe um drama aos animais dos locais atingidos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, gatos estão ilhados sobre telhados de casas invadidas pela água há 15 dias, onde deixou centenas de famílias desabrigados na cidade de Imperatriz. Transporte só é possível através de embarcações.

"A gente está fazendo o que pode com eles. Eu tenho oito gatos. Uma está comigo com cinco gatinhos filhotes. Eu a trouxe porque os gatinhos poderiam cair e morrer afogados. Também tenho cinco cães, mas uma colega conseguiu que eu colocasse eles na casa dela. Até procurei uma ONG que pudesse resgatar eles pra mim", contou Flávia Sousa, moradora da região.

Ainda na tarde de quinta-feira, os moradores que passavam pelo local podiam observar vários desses animais, presos no teto de uma casa praticamente submersa. O resgate só é possível por alguém em um barco.

"A minha casa está praticamente com a água no teto. Estou até com medo do rio encher mais e ficar submersa e eles [os gatos] não terem onde se abrigar", lamentou Flávia, que é vendedora ambulante.

Os desabrigados estão sendo alojados em escolas, igrejas e quadras de esporte do munícipio. A região, localizada às margens do Rio Tocantins e distante 629,5 km da capital, São Luís, é a segunda maior cidade do Estado, e a mais afetada pela cheia do rio, que apresentou nível de quase 10 metros, de acordo com a régua no Porto das Balsas, localizado na Beira Rio, o que obrigou a realocação de 256 famílias.

"A gente já tem o costume de passar por essa situação. Só que esse ano, o rio veio com muita força. Ele desabrigou. Foi muito rápido", afirmou a moradora que buscou abrigo em outra região.

Segundo o Corpo de Bombeiros, já são 1.103 famílias desabrigadas e desalojadas devido as fortes chuvas e cheias dos rios. Ainda de acordo com a corporação, além de Imperatriz outras cidades também tiveram situação de emergência decretadas: Mirador, Grajaú, Barra do Corda, Jatobá, Paraibano e Formosa da Serra Negra.

Equipes do 3º BBM (Imperatriz) têm garantido assistência humanitária às vítimas e dado continuidade ao trabalho de retirada de pessoas dos locais de risco após o Rio Tocantins apresentar elevação de mais de três metros acima da cota de inundação.

"Todo o trabalho é no sentido de auxiliar essas famílias neste momento de dificuldades e evitar que haja riscos maiores. Nós prosseguimos com a distribuição dos alimentos aos que precisam, monitorando as áreas de forma contínua e fazendo os deslocamentos necessários, enquanto o nível dos rios não volta ao normal. O Corpo de Bombeiros está atuando para que as famílias atingidas possam levar uma vida normal, apesar dos problemas causados por esse período de chuvas", pontuou o major do Corpo de Bombeiros, José Lisboa.

Fonte: O Globo 

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