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31 janeiro 2022

Documentos relatam maus-tratos e irregularidades na importação de girafas da África do Sul; três morreram no RJ


OPINIÃO:
Sinceramente, este negócio do MP querer que as girafas sejam devolvidas para a África, acho um absurdo.....
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Dezoito girafas foram importadas da África do Sul e levadas para um hotel resort em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Elas chegaram no dia 11 de novembro e ficaram cerca de um mês em um galpão para quarentena e período de adaptação, segundo os responsáveis.


No dia 14 de dezembro, elas estavam tomando sol em uma área ao ar livre quando seis girafas atravessaram a cerca e conseguiram fugir. Todas foram recapturadas, mas três morreram horas depois.

A Polícia Federal fez uma operação no resort e disse ter encontrado sinais de maus-tratos nos animais que continuam no local. Um laudo feito por veterinários contratados pelo Bioparque apontou que a causa das mortes das três girafas foi miopatia, uma condição que pode ser provocada por estresse.

Desde a morte das três girafas, há mais de 40 dias, as outras 15 não fizeram mais passeios ao ar livre.

O Ibama também fez uma vistoria no resort. Em depoimento, um fiscal do órgão disse que o argumento da necessidade de adaptação não justifica o confinamento prolongado dos animais; que as girafas estavam sendo mantidas em baias sem enriquecimento ambiental, sem sol e com área incompatível com o número de indivíduos.

Oficialmente, o responsável pela compra das girafas é o Bioparque, o antigo zoológico do Rio de Janeiro. A importação de animais por zoológicos é permitida no Brasil – mas, de acordo com uma portaria do Ibama, eles não podem ter sido capturados na natureza.

Só que na licença emitida pelo próprio Ibama, todas as girafas receberam o mesmo código: “w”, de “wild”, “selvagem” em inglês. Esse código foi criado por uma convenção internacional que classifica a origem dos animais – e “w” significa justamente “animais retirados da natureza”.

Segundo um parecer assinado pelo fiscal do Ibama que fez a vistoria nesta semana, a análise técnica que autorizou a importação dos animais foi negligente, incompetente ou ingênua. E o analista ambiental que concedeu a licença desconsiderou a legislação vigente, inclusive a da própria instituição.

O Ministério Público Federal recomendou o retorno das girafas para a África do Sul. Na avaliação do Ibama, nenhum zoológico ou parque do Brasil tem capacidade para receber todo este grupo. Mas ainda não se sabe para onde exatamente as girafas serão devolvidas. Até que o destino das girafas seja definido, elas ficarão sob os cuidados do Ibama.

Mas como não há nenhum local adequado para recebê-las, pelo menos por enquanto elas continuam no mesmo galpão.

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