OPINIÃO: parabéns a esses heróis incríveis que apesar da instabilidade dos escombros não mediu esforços para salvar esse cãozinho e devolvê-lo para a família.
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Os homens do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) anteciparam a previsão de nova entrada no prédio que desabou na QSE Área Especial 20, em Taguatinga, para salvar um cachorro, que deu sinais de vida. Todos os moradores deixaram o local antes de a estrutura ruir, mas muitos não conseguiram retirar os animais de estimação dos apartamentos a tempo. Há relatos de que, ao menos, 13 pets viviam no residencial.
Por volta das 13h desta sexta-feira (7/1), os militares que estavam do lado de fora do prédio, para impedir que os moradores se arrisquem tentando voltar ao local para recuperar bens, ouviram o latido constante de um cachorro. Foi identificado que o cão estava no 1º andar do edifício, que ficou bastante destruído com o desabamento.
Segundo vizinhos, os latido veio de um apartamento onde vivia uma família que tinha dois cães da raça pinscher, Téo e Juju – um macho e uma fêmea. Os tutores dos animais não estavam no local e foram chamados para acompanhar o resgate.
“Sempre tive esperança. Sabia que eles estavam bem, porque eles são pequenos e ligeiros. Acharam o Téo e estou na esperança de achar a Juju. Agora vou cuidar dele, ele deve estar morrendo de fome. Estou aliviada. Pelo menos uma notícia boa nisso tudo que foi horrível. Nós perdemos tudo. Então achá-los é um milagre”, diz Lana de Alencar, 20, promotora de vendas, tutora dos cães.
Até a última atualização desta reportagem, os socorristas seguiam tentando encontrar e salvar a cadelinha de Lana, Juju.
Mais cedo, a cachorrinha Safira foi encontrada rondando os escombros do prédio. Ela estava desesperada, uivando, tentando entrar no local, na intenção de voltar para casa. O tutor da cadelinha, Osmar Santos, 65, passou a noite em um hotel, triste com a tragédia e preocupado com o animal. Nas primeiras horas do dia, voltou ao condomínio e encontrou Safira, que dormiu sob o resto de concreto do edifício que colapsou.
Segundo moradores, Safira dormiu sob os escombros do prédio desabado. Ao voltar ao local e ver a cadelinha chorando, Osmar a chamou e pegou no colo. Ele disse que a levaria para a casa de um parente, como solução paliativa. “Vamos voltar com ela. Não posso levar para o hotel, mas ela também não pode ficar aqui né?!”, comenta.
Luana Magalhães, 28, também teve de evacuar o apartamento às pressas e acabou deixando os 10 gatos que cria para trás. “Deixei tudo. Salvei apenas o cachorro. Não consegui pegar os gatos, não deu tempo. Estou desesperada, sem chão e sem rumo”, contou chorando. “Acho que não tem chance. Eu morava no primeiro andar, que foi totalmente destruído, então perdi as esperanças. Só se eles se esconderam em algum local, mas não tenho expectativa disso”, lamenta.
Luana morava no prédio há 1 ano e três meses e também vinha percebendo piora nas infiltrações e rachaduras do apartamento. Abrigada na casa de parentes, a mulher levou apenas a roupa do corpo.
Nem os militares do Corpo de Bombeiros nem os agentes da Defesa Civil do Distrito Federal têm informações oficiais sobre a quantidade de animais de estimação que continuam no local. Por risco de novos desabamentos, não há previsão para resgate dos bichos presos no local.
Fonte: Metrópoles
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