OPINIÃO: essa pobre filhote, certamente separada de sua mãe, é mais uma vítima da pesca. Essa atividade, considerada legal, é responsável pela morte INDIRETA de mais de 300 mil animais marinhos por ano. É um verdadeiro holocausto! Esses dados, muito provavelmente, estão subestimados, o nível e destruição deve ser ainda maior!
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O primeiro resgate de peixe-boi de 2022 foi realizado na tarde desta segunda-feira (31) na comunidade Piracaoera de Cima, nas margens do Rio Amazonas, região do Urucurituba, em Santarém, no oeste do Pará. O animal foi encontrado por comunitários preso em uma rede de pesca e levado para ser cuidado no ZooUnama.
A filhote fêmea, batizada de Vitória, foi resgatada pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Segundo o médico veterinário Jairo Moura, o animal mede 115cm e cerca de 20kg.
“Ela aceitou bem a primeira mamada, está em período de observação e nas próximas 72h é que poderemos fazer um diagnóstico, se ela terá condições de se recuperar totalmente, ou não”, ressaltou o veterinário que está cuidando de Vitória.
Por apresentar ainda vestígios de cordão umbilical, a idade estimada do filhote é de quatro a cinco semanas.
“Foi detectado que este espécime está com vestígios de cordão umbilical e nós vamos dar todo o tratamento para que não sofra qualquer problema em sua alimentação. Vale ressaltar que esse animal está ameaçado de extinção e sua função é de controlar o crescimento das plantas aquáticas na Amazônia, por isso a importância do resgate dos filhotes”, explicou Jairo.
Tratamento especializado
O ZooUnama é o único local do Pará que realiza, atualmente, trabalhos de reintrodução de filhotes órfãos de Peixe-boi. Desde 2008, o zoológico já salvou mais de 90 mamíferos feridos na região do oeste paraense.
Todos os animais mantidos pelo projeto recebem um tratamento especial e ficam em piscinas artificiais adequadas ao tratamento de reabilitação, além de receberem acompanhamento 24h por biólogos, veterinários e tratadores de animais.
O projeto “Peixe-boi” conta ainda com o apoio de uma segunda base localizada na comunidade Igarapé do Costa, relacionada ao estágio final da reintrodução dos animais ao habitat natural. A base é composta por piscinas naturais, feitas diretamente nos afluentes do rio Amazonas com estrutura adaptável para dar ao animal melhores condições de recuperação.
Fonte: G1
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