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19 fevereiro 2022

Mulher consegue ajuda para resgatar seus 22 animais em Petrópolis (RJ)


OPINIÃO:
graças ao grupo coordenado pela veterinária Carla Sássi, muitos animais foram salvos e muitos tutores terão a oportunidade de reencontrar seus amados cães e gatos. Um trabalho incrível que precisa ser apoiado! Vamos ajudar o GRAD! 
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As fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, têm causado uma série de problemas para os moradores da região. Além dos desabamentos, alagamentos e das mais de 100 mortes, noticiadas até esta sexta-feira (18), diversos tutores se viram perdidos ao tentarem proteger seus animais. Verônica Ferreira, 44 anos, foi uma delas. A professora, que vive com 22 bichos - 19 gatos e 3 cachorros - precisou pedir ajuda na internet para conseguir sair de casa em segurança, sem deixá-los para trás. 

Verônica é defensora da causa animal e se assume "gateira de carteirinha". Apesar a intensidade, a paixão é recente. A professora descobriu seu amor por gatos há pouco menos de dois anos, após adotar Marinela, sua primeira bichana. Desde então, nunca mais deixou um animal abandonado para trás. Dessa vez, não seria diferente. 

"Teve um desabamento muito grande perto da minha casa, com vítimas humanas e animais. Eu não queria sair por causa deles, não teria como ficar sem vê-los pelo resto da minha vida. Nunca teria paz, sossego ou a consciência tranquila. Postei pedindo ajuda na internet, dizendo que havia risco, alguém viu e chamou o resgate", conta em entrevista ao Vida de Bicho. 

Quando a chuva começou, os gatos pareciam estar tranquilos. Os que costumam ficar na parte da fora da casa, no gatil, se mostraram tensos. "Como encheu de água e lama no chão, eles ficaram muito nervosos, miando bem alto. Não queriam descer das áreas verticais a ponto de fazer as necessidades ali mesmo, não foram até a caixa de areia, onde já tem costume", relata.

O resgate foi feito pelo GRAD Brasil (Grupo de Resgate de Animais em Desastres), junto com a COBEA (Comissão Nacional de Bem-Estar Animal) e a Defesa Cívil. "Eu fiquei muito grata pela ajuda. Infelizmente, não posso visitar meus cachorros. Fiquei triste quanto a isso, porque é longe de onde estou, mas entendo a situação. Mas quanto aos gatos, já visitei e fiquei tranquila de saber que estão seguros", conta Verônica. 

Carlos Eduardo Machado, brigadista do GRAD, conta que o principal desafio do resgate é o risco de novos deslizamentos. "A equipe precisa ter muito cuidado, por isso, só mandamos para campo os profissionais mais experientes. Não podemos deixar voluntários ter acesso porque requer treinamento. Muitas vezes, buscamos pets que estão em casas prestes a desabar, não podemos colocar um civil em risco". 

É difícil estimar a quantidade de mortes de animais, mas os resgates estão sendo bem sucedidos. De acordo com o GRAD, até a tarde desta sexta-feira, cerca de 130 bichos já estavam em lares temporários. "É difícil encontrar um local para deixá-los. Em Brumadinho (MG), por exemplo, tivemos uma estrutura para colocá-los, aqui não. Dependemos dos voluntários. Os bichos, nessa situação, são grandes companheiros e ajudam suas famílias a superar este 'baque'. É uma questão psicológica, muito mais profunda do que só um animal de estimação", explica Machado. 

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