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Alberto Ribeiro Bezerra, de 66 anos, é um apaixonado por cães, cuida de mais de cem em sua casa, localizada em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ele concilia os cuidados com os bichos e com a própria saúde, debilitada devido a problemas recentes.
Seu Alberto, como é mais conhecido, passou por um transplante de coração e, atualmente, faz hemodiálise três vezes por semana, entre outros problemas de saúde. Ele tem como renda fixa o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A paixão dele pelo bichos surgiu quando ainda era menino, junto ao pai que também criava cães.
"Enquanto eu tiver fôlego, eu estou aqui cuidando deles", afirmou.
É com ajuda de voluntários e alguns funcionários que ele mantém o espaço em que abriga os bichos. As doações ajudam a fechar as contas mensais, que chegam a R$ 15 mil.
Entre machos e fêmeas, outros 500 animais já passaram pelo abrigo. Os cães chegam de todas as formas até Alberto: doentes, vítimas de maus tratos ou abandonados. Ao chegar ao abrigo, eles recebem os devidos cuidados e são deixados prontos para adoção.
Alguns cães estão no abrigo há cerca de dez anos. Os animais que encontram mais dificuldade para serem adotados são justamente os mais velhos e aqueles com algum tipo de deficiência, como a cadela Felícia, que foi atropelada e não possui o movimento das patas de trás.
Independente do caso, os bichos recebem o amor e carinho de Alberto e sua equipe pelo tempo que precisarem. Uma vez no abrigo, todos os animais são vacinados, vermifugados e os mais velhos, castrados.
A analista de logística e voluntária Gil Marinho é uma das colaboradoras do abrigo. Segundo ela, ao longo da semana, alguns voluntários ajudam em tarefas como dar banho e levar os animais ao veterinário com caronas solidárias.
As despesas do abrigo incluem o aluguel da casa, salário dos cinco funcionários, 40 quilos de ração por dia, além das consultas médicas para tratamentos e compra de remédios para os animais. "A gente tem parceria com alguns veterinários e descontos em algumas cínicas", contou Gil Marinho.
São 18 anos de dedicação aos cães e o que o idoso mais almeja no momento é conseguir comprar a casa em que mantêm os animais para que o abrigo não feche as portas.
A estudante e voluntária, Gabriela Prado contou que o dono do imóvel onde funciona o abrigo colocou a propriedade à venda, dando a prioridade de compra para Alberto devido ao tempo em que ele está na casa.
Para adquirir o imóvel, será preciso desembolsar um valor de R$ 350 mil reais em um prazo que acaba no final deste mês de março. A esperança deles é que mais pessoas se sensibilizem e ajudem a realizar o sonho de seu Alberto.
Fonte: G1
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