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26 abril 2022

Cães em abrigos podem sofrer de "estresse crônico", aponta estudo


OPINIÃO:
assim como nós, animais são seres sensíveis que também experimentam dor e sofrimento emocional. Tranforme a vida de um animal, adote!
 
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Centenas de milhares de cachorros são recebidos em abrigos brasileiros todo ano, incluindo muitos filhotes que já chegam com problemas comportamentais ou de saúde. Agora, um novo estudo revelou que a estadia nestes lugares pode levar ao estresse crônico nos animais.

Pesquisadores da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, analisaram amostras de pelo para avaliar os níveis de cortisol – o principal hormônio do estresse – em cachorros.

Os resultados mostram que os cães que passam apenas seis semanas em um abrigo têm níveis significativamente mais altos de cortisol do que aqueles registrados no início de sua estadia.

As descobertas sugerem que a amostragem de pelos pode ser uma ferramenta útil no monitoramento do bem-estar dos cães, de acordo com os pesquisadores.

“Para melhorar o bem-estar canino, a análise da concentração de cortisol no pelo pode ser um método não invasivo confiável e viável para avaliar os níveis de cortisol em cães de abrigo, especialmente ao compará-los por períodos mais longos”, escreveram os pesquisadores em seu estudo, publicado na revista Scientific Reports.

Estudos anteriores testaram o estresse em cães de abrigo medindo o cortisol no sangue ou na urina. No entanto, estes métodos podem ser invasivos e indicam apenas níveis de estresse imediatos.

“Para cães, coletar uma única amostra de pelo em vez de várias de saliva, urina ou fezes é viável para médicos, veterinários e pesquisadores interessados ​​em níveis de cortisol a longo prazo, pois esse método não é invasivo e a amostra é fácil de coletar e armazenar a qualquer momento", disseram os pesquisadores.

No estudo, a equipe mediu a concentração de cortisol em 52 cachorros em um abrigo de animais na Holanda entre outubro de 2018 e agosto de 2019.

Amostras de pelo foram coletadas quatro vezes – durante a admissão no abrigo, após seis semanas no abrigo, seis semanas após a adoção e seis meses após a adoção.

Uma única amostra de pelo também foi coletada de 20 cachorros tidos como pets, que não passaram por abrigo, como controle, enquanto amostras de urina também foram coletadas para comparação.

Os resultados revelaram que não houve diferenças significativas nos níveis de cortisol entre os cães de abrigo no período da sua admissão e os cães usados para controle.

No entanto, após seis semanas no abrigo, os níveis de cortisol dos cães do abrigo foram significativamente mais altos – com cadelas experimentando níveis ainda mais altos do que os machos.

Felizmente, uma vez que os animais foram adotados, o nível de cortisol rapidamente voltou ao normal.

“Isso implica que os níveis de cortisol no abrigo eram mais altos e, portanto, os cães ficaram mais estressados ​​durante o primeiro período no local”, disseram os pesquisadores.

No geral, as descobertas sugerem que testar os níveis de cortisol em cães de abrigo pode fornecer uma maneira rápida e fácil de monitorar seus níveis de estresse.

“O teste de concentração de cortisol no pelo de cães de abrigo é altamente promissor para fornecer informações sobre as respostas do cortisol retrospectivamente e a longo prazo”, concluíram os pesquisadores.

"O teste pode ser uma medida 'estável' para avaliar essas respostas de cães durante suas vidas, por exemplo, para avaliar estilos de vida e traços de personalidade", completaram.

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