OPINIÃO: esse ser, desprovido de humanidade, precisa ser preso e ter os olhos queimados! É deplorável agredir um animal de forma totalmente gratuita! A Compesa precisa se posicionar!
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A câmera de segurança de uma casa flagrou um funcionário terceirizado da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) borrifando álcool no rosto de um cachorro, no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A tutora do animal registrou um boletim de ocorrência denunciando o caso à Polícia Civil.
O caso ocorreu na manhã da terça-feira (5), às 11h20. Nas imagens, é possível ver o cachorro no terraço da casa, em frente a uma grade. O funcionário chega e, com a proximidade dele da residência, o cachorro começa a latir. Os latidos também podem ser ouvidos no vídeo.
Imediatamente, o funcionário da empresa terceirizada da Compesa utiliza um spray para jogar álcool no cachorro, que continua latindo. São, ao menos, seis jatos de álcool atirados diretamente na cabeça do animal, que corre para dentro de casa, em seguida.
O funcionário, então, dobra um papel, joga dentro do terraço e depois vai embora.
Revolta
A tutora do cachorro, chamado Polo, é a estudante de farmácia Brenda Angélica Rodrigues, de 24 anos. Ela disse que notou, imediatamente, que o animal de estimação tinha sido agredido e que ele estava com um cheiro forte de álcool.
"Ele [o cachorro] veio correndo para mim. Quando peguei ele, estava cheirando a álcool e com o olho direito fechado. Olhei na câmera e vi o ato absurdo do funcionário da Compesa", afirmou a estudante.
Ainda segundo Brenda, os dois olhos do cachorro foram atingidos pelo álcool e ficaram bastante irritados e vermelhos. Desde o ocorrido, o animal coça o rosto com as patas, demonstrando estar incomodado com a irritação.
"Quando eu vi meu cachorro daquele jeito, lavei o olho dele com soro e dei um banho. Falei com um amigo veterinário e ele passou colírios para o cachorro, e vou comprar as medicações. É um gasto, e não estou podendo no momento, porque tenho um bebê pequeno e só meu esposo trabalha", declarou Brenda.
Na quarta-feira (6), um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na internet. A Polícia Civil disse, em nota, que um inquérito foi instaurado e que "outras informações poderão ser fornecidas em momento oportuno".
Também por meio de nota, a Compesa disse que "repudia veementemente" o ato do funcionário e que "não compactua e nem tolera esse tipo de atitude, seja do seu quadro próprio de colaboradores ou de empresas terceirizadas".
A companhia também declarou que "já entrou em contato com a cliente para se solidarizar e garantir a severa apuração do caso" e que "notificou a empresa prestadora de serviço para as providências que o caso requer".
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"Eles [a Compesa] entraram em contato comigo dizendo que o funcionário era terceirizado, que eles não compactuavam com o que tinha acontecido, logicamente. A pessoa que falou comigo estava também superindignada porque ela disse que, no vídeo, estava nítido que o cachorro não tinha feito nada e não tinha justificativa de ter acontecido aquilo", afirmou Brenda.
O g1 perguntou à Compesa se o funcionário foi afastado, mas a companhia não soube afirmar, já que se trata de uma pessoa contratada por uma empresa terceirizada.
Ações
De acordo com a advogada Aldeni de Sobral Bizarria, que presta apoio jurídico à tutora do cachorro, o funcionário pode ser enquadrado por cometer crime ambiental, com uma pena que varia entre 2 e 5 anos de reclusão. Ela disse, ainda, que pretende levar Brenda para depor na Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma).
"À medida que os atos forem realizados, a gente vai tomando as devidas providências posteriores. Além da questão penal, vamos também buscar a reparação material caso ela venha a dispor de algum custo que tenha acontecido para tratar do animal", declarou a advogada.
Fonte: G1
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