OPINIÃO: a destruição dos habitats obriga esses animais a se arriscarem a em locais onde há movimentação humana. O desmatamento para a construção de estradas é o principal responsável pelo atropelamento de animais. Cerca de 475 milhões de espécies silvestres morrem por ano em razão da atropelamentos. Mais triste dos que esses dados, é evidenciar a sensibilidade desses animais, que veem seus companheiros e familiares tendo as vidas ceifadas.
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Uma onça-parda foi encontrada morta às margens da MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital, nesse domingo (24). A suspeita é que o animal tenha sido atropelado.
O artista plástico Guilherme Morais contou ao g1 que estava passeando de moto quando viu o animal na beira da estrada e decidiu parar.
“Estava a caminho do mirante e observei um animal muito grande e quando parei a moto vi que era uma onça-parda. Parecia que estava morta a pouco tempo, pois o sangue estava líquido ainda, sem coagular”, disse.
O Batalhão Ambiental da Polícia Militar informou que não houve atendimento no local, porque quando a equipe soube da situação o animal já estava em estado de decomposição e não poderia ser resgatado. Segundo a polícia, os militares percorreram a rodovia, mas não localizaram o corpo da onça.
Segundo Guilherme, o felino estava com marcas de atropelamento. Além disso, no asfalto próximo ao local onde ele estava, foram identificadas marcas de pneu.
A onça também tinha quatro feridas pelo corpo, supostamente causadas pela berne - manifestação parasitária causada por larvas de uma mosca varejeira.
Guilherme disse que avisou um guia de turismo de Chapada sobre o animal encontrado.
“Voltei para procurar alguém para avisar. Contei a um guia o que havia encontrado e ele ficou muito triste dizendo que era a segunda onça parda atropelada em dois dias na região”, contou.
Orientação
Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) disse que, caso alguém encontre animais silvestres já sem vida, entre em contato com a Polícia Ambiental. Em caso de suspeita de crime ambiental, além da PM, é acionada a Delegacia do Meio Ambiente para investigação.
Já se o animal estiver vivo em ambiente urbano ou rural, ou com ferimentos, o procedimento correto é entrar em contato com a Sema ou com a Polícia Militar, que aciona o Batalhão Ambiental para a retirada.
“Com a entrega voluntária do animal é possível que ele tenha os cuidados necessários e consiga ser reabilitado para o retorno ao seu habitat natural”, disse.
Fonte: G1
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