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25 junho 2022

Cérebros humano e de polvos são mais parecidos do que a ciência suspeitava


OPINIÃO:
O dia que humanos se convencerem que os animais são seres magníficos, vai ser bem melhor para sua sobrevivência.... Pior é que estes seres sofrem experiências terríveis para convencer os pesquisadores de toda sua característica.....
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De acordo com teorias científicas, os humanos podem ter evoluído dos macacos, mas isso não significa que não compartilhemos características com outros animais. Uma equipe de pesquisadores fez uma descoberta surpreendente: o cérebro humano e o cérebro do polvo compartilham "genes saltadores". A descoberta, dizem os cientistas envolvidos no estudo, é um "exemplo fascinante de evolução convergente".

Os "genes saltadores" são ativos tanto no cérebro humano quanto no cérebro de duas espécies de polvo – Octopus vulgarisms e Octopus bimaculoides. Mais de 45% do genoma humano é composto por sequências chamadas transposons, ou "genes saltadores", que podem "passar de um ponto a outro do genoma de um indivíduo, embaralhando ou duplicando".

Pesquisadores dizem que esses elementos móveis geralmente permanecem silenciosos e perdem a capacidade de se mover com o passar do tempo. Outros são inativos porque acumulam mutações ao longo de gerações, enquanto alguns estão intactos, mas bloqueados por mecanismos de defesa celular, contou reportagem publicada no site "Brain Tomorrow"


De acordo com cientistas, os elementos móveis mais relevantes pertencem à família Long Interspersed Nuclear Elements (LINE), que são encontrados em 100 cópias no genoma humano e ainda potencialmente ativos. Os cientistas acreditam que os "genes saltadores" do LINE estão associados a habilidades cognitivas como aprendizado e memória.

O estudos italiano aponta que o genoma do polvo também é rico em "genes saltadores", que são em sua maioria inativos. Os pesquisadores conseguiram identificar "um elemento da família LINE em partes do cérebro cruciais para as habilidades cognitivas desses animais".

"A descoberta de um elemento da família LINE, ativo no cérebro das duas espécies de polvos, é muito significativa porque reforça a ideia de que esses elementos têm uma função específica que vai além de copiar e colar", declarou Remo Sanges, diretor do laboratório de Genômica Computacional da Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati (SISSA), em comunicado.


"Pulei literalmente na cadeira quando, ao microscópio, vi um sinal muito forte de atividade desse elemento no lobo vertical, a estrutura do cérebro que no polvo é a sede do aprendizado e das habilidades cognitivas, assim como o hipocampo em humanos", completou Giovanna Ponte, da Stazione Zoologica Anton Dohrn.

"Esta semelhança entre o homem e o polvo é um exemplo fascinante de evolução convergente, um fenômeno para o qual, em duas espécies geneticamente distantes, o mesmo processo molecular se desenvolve de forma independente, em resposta a necessidades semelhantes", escreveram Giuseppe Petrosino, da Stazione Zoologica Anton Dohrn, e Stefano Gustincich, do Istituto Italiano di Tecnologia, em comunicado.

Fonte: Extra

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