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19 junho 2022

Flamingos no Atacama chileno mostram queda nos números


OPINIÃO:
  O homem, com toda sua ganância, destrói tudo que pode. O que poderá consertar esta espécie?
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Os números de flamingos estão caindo nas planícies brancas do deserto de Atacama, rico em lítio, no Chile, de acordo com um estudo publicado na revista Proceedings B da Royal Society. Flamingos bebem água nas áreas para se manterem hidratados.

No estudo, o declínio dos flamingos está ligado à água extraída pelas mineradoras para bombear o líquido cheio de lítio, que é usado para fabricar baterias para telefones celulares, laptops e veículos elétricos.


Imagens de satélite de lagoas de mineração no deserto do Atacama foram usadas para calcular a quantidade de água extraída. As populações de flamingos nas áreas do salar do Atacama diminuíram 12% nos últimos dez anos. Em outras salinas sem mineração, as populações de flamingos permaneceram estáveis ​​na última década.

“É bastante relevante porque mostra que tal indústria (exploração de lítio) não é sustentável, prejudicando o ecossistema”, disse Cristina Dorador, coautora do estudo.

O lítio é um elemento importante no mercado econômico atual, considerando a importância da tecnologia para os seres humanos. Estima-se que seu uso quadruplicará no futuro.

Dorador acrescentou que os flamingos também são muito importantes para o turismo do Chile: “A área de San Pedro de Atacama é a segunda mais visitada por turistas no Chile, e a maioria deles é motivada pelos flamingos do salar do Atacama”.

“Então, no longo prazo, (a exploração do lítio) também impactará a atividade turística e o salar do Atacama, parte crítica da cultura Lica Antay. É lá que os indígenas têm uma visão mais ampla do vínculo inquebrável com a natureza”, acrescentou.

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