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09 novembro 2022

PF indicia 4 pessoas por maus-tratos a girafas importadas da África e que seriam levadas para Bioparque do Rio


OPINIÃO:
Um dos piores casos de maus-tratos praticado contra animais.... É uma vergonha saber que as  girafas estão há um ano sem saberem do destino que terão. Sou contra devolve-las para a África, pois, se já deixaram as pobrezinhas sair irregularmente podem fazê-lo novamente. Pelo menos aqui poderemos acompanhar a situação.
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A Polícia Federal indiciou quatro pessoas no inquérito que investiga denúncias de maus-tratos a 18 girafas importadas da África — a maior importação de animais selvagens da história do Brasil.

A conclusão do inquérito aconteceu no dia 1º de novembro, e o documento foi encaminhado ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal.

Os animais seriam levados para o Bioparque, o zoológico do Rio, mas três morreram em dezembro depois de uma tentativa de fuga. O caso, então, passou a ser investigado.


Os indiciados são uma servidora do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e um servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que autorizaram a importação, e dois funcionários do Bioparque. A autorização foi concedida pelo Ibama em julho de 2021.

Segundo a PF, os servidores do Inea e do Ibama respondem pelo crime de irregularidade no processo de importação e os funcionários do Bioparque pelo crime de maus-tratos.
 

"Durante a investigação, restou apurado que houve falhas deliberadas de servidores públicos no processo que autorizou a importação dos animais para o Brasil, que não deveria ter ocorrido por ausência de requisitos fundamentais, exigidos por expressa previsão normativa, acerca da existência de recintos com metragem mínima e características básicas não presentes nos locais de manutenção das girafas", disse a PF.

E completou:

"Representantes da empresa responsável pela importação praticaram o crime de maus-tratos no manejo dos animais no país, visto que, ao prezar pela redução de custos em detrimento do bem-estar e da segurança dos animais, na defesa dos interesses econômicos de seu empregador, os representantes contribuíram decisivamente para que todos os 18 espécimes fossem submetidos a uma rotina de maus-tratos, acarretando no óbito de 3 das girafas."



Foi preciso ainda fretar um jumbo para trazer as 18 girafas para o país, um negócio que chegou perto dos R$ 6 milhões.

Quase um ano depois da chegada ao Brasil, as girafas continuam no mesmo local, em um resort no Sul do estado à espera de uma decisão da Justiça. 

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Laudo atestou sofrimento das girafas
O laudo da necropsia revelou que as girafas passaram por muito sofrimento antes da morte. O documento destacou escoriações, hematomas, choque circulatório, enfisema pulmonar e conclui que a causa da morte foi por miopatia, doença que afeta e paralisa os músculos, inclusive o coração.

Segundo veterinários, a miopatia em girafas é causada pela condição de estresse, principalmente o estresse da fuga ou da captura. Em maio deste ano, o RJ2 conseguiu entrar no Portobello Resort, em Mangaratiba, onde as 15 girafas que sobreviveram são mantidas confinadas.

Uma das baias mostrava três girafas juntas, ocupando o mesmo espaço de 31m². Duas vezes por dia, de manhã e à tarde, elas têm entre 40 minutos e 1 hora e meia para tomar banho de sol.

O que dizem os envolvidos
O Bioparque do Rio disse que a empresa tem compromisso com o bem-estar dos animais e que o inquérito da Polícia Federal contraria os laudos técnicos elaborados pela perícia judicial e por diligências realizadas por outras autoridades ambientais.

Disse ainda que os fatos apontados pela Polícia Federal serão esclarecidos. O Inea informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre o indiciamento da servidora, mas está à disposição para colaborar com as investigações. O Ibama não retornou. 

Fonte: G1/RJTV

Um comentário:

  1. Tá, mas enquanto isso, os animais seguem vivendo em um recinto horrível que não atende às condições mínimas adequadas.
    Na verdade, a empresa deveria ser sentenciada a devolver esses animais para o seu local de origem, ou para um santuário onde pudessem ter o mínimo de bem estar, porque zoológico nunca foi, nem nunca será, um lugar digno para animais viverem, e nem adianta vir com argumento de banco genético, que eu nem vou dar atenção a essa bobagem.

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