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03 janeiro 2023

Quatro em cada cinco ações ligadas ao desmatamento ilegal na Amazônia patinam na Justiça


OPINIÃO:
Tenho total esperança que tudo isto será devidamente corrigido, se bem que, muito antes já havia muitos "relaxamentos" na aplicação de multas visto que o governo do "coisa ruim" ANISTIOU a maioria destes devedores criminosos. Isto é fato. É só pesquisar no Google as dezenas de reportagens a respeito... Aliás, o próprio presidente se anistiou e ainda mandou pra geladeira o fiscal que o multou aqui no Rio de Janeiro por estar pescado em área proibida..... 
Quatro em cada cinco ações civis públicas movidas por desmatamento ilegal na Amazônia não chegaram a nenhuma resolução, segundo o portal JusAmazônia. O estudo avaliou 6.000 ações dos últimos dez anos e mostrou que somente 1.272 — ou 22% — tiveram sentença.

A maioria desses processos se alonga já na fase inicial, afirma André Lima, consultor de política e direito ambiental no IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade). Há processos com mais de um ano para tramitar em primeira instância.

“Isso ocorre por uma série de fatores: certa demora na tramitação, e em muitos processos é difícil encontrar o réu. Até acontecer a fiscalização, a identificação, a preparação da ação e as primeiras decisões do juiz, são meses. E, em muitos casos, não é simples encontrar o autor”, explica Lima.

O portal indica, entre os estados da região amazônica, os dois extremos no avanço dos processos: em Roraima, 44,8% das ações estão há mais de 720 dias (ou quase dois anos) parados, enquanto 77,5% dos litígios no Amazonas tiveram movimentações nos últimos três meses.

A relação entre esses dados ocorre diretamente entre as unidades da Federação com maiores ou menores índices de desmatamento, comenta André Lima.

“Os estados em que ocorreram ações mais estruturadas e estratégicas do Ministério Público, são onde houve volume maior de desmatamento, pois se estruturam melhor. Os que têm volume menor, uma área menor desmatada, não têm uma estrutura organizada”, esclarece o advogado.


A análise dos dados também mostrou que o número de processos sobre desmatamento ilegal saltou de 2.400 em 2018 para 6.000 neste ano, o que revela um aumento de 250%.

De acordo com o portal, os estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Roraima, responsáveis por 87% do desmatamento na Amazônia Legal, concentram 97% das ações civis públicas registradas entre 2017 e 2022. 

Lima observa o dado positivamente, uma vez que isso pode denotar maior atenção para o tema.

“Mostra uma melhor organização dos Ministérios Públicos estaduais e federal, considerando que as taxas de desmatamento vêm crescendo significativamente de 2018 para cá. Estão incorporando mais e melhor o objetivo de buscar o desmatamento zero”, afirma. 

Fonte: R7

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