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Arara, macaco e porco-do-mato foram flagrados por Gabriel Villas Boas brincando em aldeias do Alto Xingu, no norte do estado.
Latidos e grasnados que até poderiam parecer uma briga, mas revelam uma amizade genuína. É o que mostram as imagens feitas pelo fotógrafo Gabriel Villas Boas, quando visitou Terras Indígenas no Alto Xingu, em Mato Grosso: a Aldeia Kamaiurá, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, e a Aldeia Kisêdjê, em Querência, a 912 km da capital.
Um dos registros mais fofos foi feito quando Gabril se preparava para deixar a Aldeia Kamaiurá. Em um passeio, ele se deparou com uma arara no alto de uma oca e um cachorro, embaixo, agitado e latindo para ave, que desceu do telhado. Para a surpresa dele, a dupla começou a brincar. (Veja no vídeo acima os três flagras registrados pelo fotógrafo).
"Foi engraçado e trouxe uma sensação de como eles estavam livres, de como essa liberdade na natureza é tão pura que propicia isso: uma interação entre diferentes espécies, como amigos. Deu uma sensação de quão puro era aquele lugar em que estávamos", afirmou.
Quando ele visitou a Aldeia Kisêdjê, outra cena inusitada saltou aos olhos. Um macaco agarrado nas costas de uma cadela para pegar "carona" até outro ponto da comunidade. Segundo Gabriel, os dois viviam juntos, andando para todo lado, mas existia uma "troca", como relembra:
"Uma carona por um cafuné. Ali era uma relação de mãe e filho: ele agarrado nela. Onde ela ia, ele estava nas costas dela".
Desde pequeno, Gabriel costuma visitar as comunidades indígenas e, quando se formou em audiovisual, passou a fazer esses registros, tanto em foto como em vídeo.
Do outro lado da aldeia onde flagrou a amizade entre o macaco e a cadela, outra cena chamou atenção dele: mais um cachorro provocava um animal silvestre, mas, desta vez, era um filhote de porco-do- mato. Eles brincavam em meio ao trabalho das mulheres indígenas e, pouco depois, um papagaio também apareceu para ajudar na bagunça.
Gabriel lembra que o cachorro estava bastante agitado e cheio de energia, enquanto o porquinho parecia estar mais retraído e tímido.
"Era uma mistura de animais. Foi muito louco! O porquinho não era tão interativo, mas o cachorrinho chegou ali para brincar e deu para ver que eram bem amigos", contou.
Fonte: G1
Todo mundo gosta de um carinho
ResponderExcluirParabéns Gabriel,
ResponderExcluirBelíssimos registros, são provas quê os Indígenas, são sábios e pregam harmonia.
que cenas e que lições aos "racionais!"
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