OPINIÃO: É muito bom saber destas notícias, não? Fico com esperança de que a humanos tem salvação....
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A população da espécie que só existe em uma região do estado do RJ, deu um salto para quase 5 mil, em comparação com os anos de 1980, quando 200 animais foram mapeados.
Pesquisadores estão comemorando o aumento da população de um animal que esteve perto da extinção no Brasil.O Jornal Nacional acompanhou uma equipe de técnicos no município de Silva Jardim, a 115 km do Centro do Rio, encarregados de fazer a contagem dos micos-leões-dourados na mata.
A contagem dos animais é feita com a ajuda de um equipamento que reproduz direitinho o som do mico-leão-dourado. É o chamariz. Aí é aguardar a aparição dos animais para fazer a contagem ou o registro sonoro deles.
É impressionante, não levou tanto tempo. Os micos apareceram. A equipe de reportagem tem que colocar a máscara para evitar transmissão de doenças como gripe, Covid, febre amarela. Bastou disparar o som que eles apareceram.
Os micos-leões-dourados são territorialistas. Cada família tem, em média, entre 6 e 8 membros, e ocupa uma área equivalente a 60 campos de futebol. A contagem é feita por visualização dos animais ou registros sonoros.
“Por exemplo, você passou na área, escutou um mico, você determinou, pegou um ponto no GPS, grava aquela área. Isso é levado para o laboratório, é feita a contagem dentro daquela área de estimativa que existe mico-leão-dourado”, explica o assistente de pesquisa da Associação Mico-Leão-Dourado, Elisamã Moraes do Santos.
Foram nove meses de trabalho e o resultado do Censo foi festejado pelos ambientalistas.
A população de micos-leões-dourados, que só existe nesta região do estado do Rio, deu um salto para quase 5 mil, em comparação com os anos de 1980, quando 200 animais foram mapeados e a espécie corria o sério risco de desaparecer. O número supera, inclusive, o susto da grande mortandade causada pelo surto de febre amarela.
“Em um período de tempo muito curto, nós perdemos cerca de 30% da população chegando a 2,5 mil. Por isso, esse entusiasmo que nós temos hoje com o novo número desta população que alcança 4,8 mil animais na natureza”, comemora Luís Paulo Ferraz, secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado.
Para possibilitar a perpetuação da espécie, é preciso combater a caça ilegal e, principalmente, assegurar o intercâmbio genético entre os animais.
Para isso, a meta mais importante é garantir que pelo menos dois micos-leões-dourados consigam viver em uma área de floresta contínua e protegida de 25 mil hectares.
“E, por isso, é tão importante a gente manter esse trabalho de plantar árvores, de recuperar as florestas aonde vivem o mico-leão-dourado para permitir que esses animais vivam no seu ambiente natural sem a necessidade de auxílio de outras instituições e de pessoas e, com isso, a gente consiga salvar o mico-leão-dourado do risco de extinção”, afirma o secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado.
Fonte: G1/Jornal Nacional
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