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16 maio 2020

Do mangue ao mico - Pilhagem no Meio Ambiente Brasileiro

Minha querida leitora Tânia me contou que meu amigo Moscatelli, ambientalista dos melhores aqui do Rio, publicou no seu facebook o seguinte: 

É impressão minha ou vivemos uma intervenção/desmonte na área ambiental?
O que justifica tamanha mudança? O que justifica o fechamento da única sede operacional em defesa dos últimos grandes manguezais da baía de Guanabara, os mais extensos do estado do Rio de Janeiro? Questão de curiosidade de quem trabalha no ramo defendendo e recuperando áreas costeiras desde 1987. Destaco que perguntar não ofende!

Daí fiquei pensando, como ele, neste desmonte na área ambiental detonando TUDO QUE NÓS LUTAMOS PARA CONSEGUIR..... E ficamos entre abestalhados e  abobados com tudo que tem acontecido não só na nossa área, a mais atacada, mas em todo contexto..... Só afirmo uma coisa, o Brasil não produz mais gente competente para lutar como fizemos no passado.... Dói muito ver tudo sendo pilhado por esta gente nojenta e podre......
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"Do mangue ao mico"


Posto avançado da reserva da biosfera da Mata Atlântica, a APA de Guapi-Mirim e a Estação Ecológica (Esec) da Guanabara abrigam os últimos manguezais do entorno da Baía de Guanabara. Uma extensa malha verde-escuro que se espraia por 60 quilômetros quadrados. A cada ano são feitas, em média, 15 pesquisas acadêmicas por lá. As reservas biológicas da União e Poço das Antas e a Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João, em Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Rio Bonito, guardam um tesouro: os únicos 2,5 mil micos-leões-dourados do país. Nesta semana, sirenes de alerta quanto ao futuro do mangue e do mico ecoaram. O Ministério do Meio Ambiente dinamitou, de uma só vez, as chefias dessas unidades. Todos exonerados. Reestruturação a portas fechadas em meio à pandemia.


É difícil compreender, à luz da razão, os benefícios de se aliar a gestão de unidades de escopos tão distintos quanto a Poço da Antas e a Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, separadas por 89 quilômetros. Ou o sentido de juntar os comandos da APA Guapi-Mirim e o do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, cujas sedes distam 36 quilômetros. E daí? O ministro Ricardo Salles não viu problemas em mudar tudo mesmo com um vírus que já ceifou a vida de mais de 14 mil brasileiros.


O mesmo governo que atribui a gestão integrada à boa governança financeira nunca apresentou os números detalhados. O decreto 10.234, publicado em fevereiro, transformou 44 cargos antes exclusivos de servidores de carreira do Instituto Chico Mendes (ICMBio) em 19 postos de comando com livre preenchimento. As 11 coordenações regionais (sendo cinco apenas na Amazônia) viraram cinco gerências regionais. Dos cinco gerentes, quatro são egressos de forças militares, apenas um é servidor de carreira. “O que importa é o trabalho e o legado para as próximas gerações”, resumiu o coronel da PM Homero Cerqueira ao assumir. Até agora, só beneficiou militares e deixou servidores apavorados.

Fonte: O Globo
Emanuel Alencar é jornalista

2 comentários:

  1. Só pode ser pra favorecer interesses da pecuária...ele está de passagem no governo. Os estragos são permanentes...vai entrar pra história do pior presidente do MUNDO

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  2. esse homem (presidente) é um lixo em todos os sentidos.

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