Viagem pela Transpantaneira mostra estrago provocado pelas chamas que atingem região

Gente, estou em pânico e morrendo dia a dia quando penso na quantidade de animais queimados por esta nova política de acabar com os biomas nacionais. O nome do autor que iniciou a queimada do Pantanal está sob sigilo. Por conta da seca costumeira neste período do ano, a coisa virou uma tragédia. O autor disse que fez neste período propositalmente para liberar áreas para pasto. Disse ele, também, que não "esperava" que o alcance fosse tão grande. Pois é, o nome dele não é revelado porque é amigo pessoal do presidente e do Caiado.... Deus meu, pára este mundo que eu quero descer.... Vejam mais matérias ao final

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O calor, a seca e os ventos ajudam a aumentar a velocidade das chamas que destroem grande parte do Pantanal. A repórter Eunice Ramos percorreu a estrada que corta a região, e mostra o impacto do incêndio na vegetação e nos animais.

No vídeo, dá para ter uma dimensão da área atingida pelas queimadas ao longo da Transpantaneira, estrada que corta o Pantanal de Mato Grosso. Por lá, não chove há mais de três meses. A vegetação está tão seca que o barulho das chamas se ouve à distância.

Nestas condições, o fogo se espalha com facilidade engolindo tudo pela frente. Os animais correm desesperados. Muitas espécies estão em época de reprodução e abandonam os ninhos quando as chamas se aproximam.

“O impacto é imenso. Esse período de reprodução vai sofrer em cadeia. Nós vimos vários animais que foram queimados e a gente acredita que tem mais ainda que estão sofrendo por causa do fogo, tanto asfixiado, como também por falta de alimentos e isso afeta toda a cadeia alimentar”, afirma Luís Antônio Solino, biólogo.

Além do estrago na natureza, o incêndio no Pantanal também traz prejuízo financeiros. Empurrado pelo vento, o fogo foi com rapidez e destruiu a ponte. Um transtorno para os moradores da região.

O fazendeiro Luís Falcão de Arruda não teve tempo de levar o gado para um local seguro. Pelo menos, 20 animais morreram queimados. “Eles vinham vindo e o fogo ia queimando. Quase que os peões morrem também com o fogo. Aí não tem como salvar, aí tem que largar mão. Porque aí o fogo atropela o gado, atropela a gente, tem que largar”, desabafa.

Só em Mato Grosso, 940 mil hectares de vegetação no Pantanal já foram destruídos. Os ribeirinhos estão assustados com a velocidade do fogo e temem que ele atinja as casas. Dona Maria está sempre alerta para evitar uma tragédia.

“Toda vida teve queimada, mas não como está este ano, para tudo quanto é lado tem fogo e a gente fica apavorado de ver isso. Eu fico com medo dela chegar e atingir o meu barraco”, conta Maria do Carmo Viegas, ribeirinha.

Além do Pantanal, agora os incêndios atingem também a Chapada dos Guimarães. O fogo começou na sexta (28), se espalhou pelos morros, chegando perto de uma pousada. O vento forte e o tempo seco dificultam o trabalho dos brigadistas do ICMbio e dos bombeiros. Ainda não foi divulgado o tamanho da área destruída pelo incêndio, mas o reflexo das queimadas já é visto de longe.

Fonte: Jornal Nacional

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