OPINIÃO: ela não morreu de fome e sede, o que a matou foi a exaustão, a exploração e a indiferença. Ao contrário do que é dito na matéria, ela não tinha um tutor, tinha na verdade um algoz, um carrasco! Vamos dar às coisas os nomes reais!
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Mais um crime contra animais em Joinville. Na última sexta-feira, dia 20, uma égua acabou morrendo de fome e sede em Joinville. Ela foi encontrada em um terreno no bairro Paranaguamirim, zona Sul de Joinville.
O caso foi denunciado pela Frente de Ação dos Direitos Animais (Frada). Tão logo recebeu a denúncia (quinta-feira, dia 19, à noite) de que a égua estava em situação de abandono, fraca, desnutrida e desidratada, a presidente da Frada, Liliane Lovato, pediu ajuda para um grupo de tutores de cavalos para que dessem os primeiros cuidados enquanto tentaria conseguir um resgate e atendimento veterinário.
O grupo deu água e comida na tentativa de salvar a égua. Mas, infelizmente, já era tarde demais. O animal não resistiu.
“Orientamos também ligar no plantão do Centro de Bem-estar Animal e para a polícia, mas infelizmente ela não foi atendida”, comentou Liliane Lovato, que fez um alerta.
“Cavalos são animais sensíveis, que precisam comer e beber água como qualquer ser vivo. Não adianta ter um cavalo para deixar jogado no terreno dos outros, para comer um capim qualquer e não colocar nem água para o coitado beber”, denuncia Liliane.
Segundo a Frada, muitas denúncias de maus-tratos a cavalos, principalmente dos bairros Paranaguamirim e Jardim Paraíso, chegam até a entidade.
O fato é que muita gente compra cavalos, coloca os animais para trabalhar e esquecem de cuidar. Deixam em situação de completo abandono.
A Frada já identificou o tutor da água e vai registrar um boletim de ocorrência para que ele responda pelo crime de maus-tratos. Não sabe, ainda, há quantos dias o animal estava abandonado.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental (PMA) e a Prefeitura de Joinville para entender o porquê o animal não foi resgatado nem recebeu atendimento e qual órgão responsável nestes casos.
Tanto o Centro de Bem-estar Animal quanto a Polícia Ambiental informaram que não receberam nenhum chamado/denúncia para atender a água que acabou morrendo no bairro Paranaguamirim.
Há, inclusive, um acordo entre Prefeitura e PMA. Se, por exemplo, for constatado que o cavalo tem dono e está sendo vítima de maus-tratos, o responsável pelo resgate e atendimento é o Centro de Bem-estar Animal. Já se o cavalo não tiver dono, estiver abandonado, aí é a Polícia Ambiental que faz o recolhimento.
Inquérito policial deve ser aberto
O delegado Larry Marcelo Rosa, da Polícia Civil de Joinville, informou que ainda não recebeu a comunicação da ocorrência. “Mas assim que chegar, será instaurado o inquérito policial para apuração dos fatos e, se for o caso, o indiciamento do suspeito.”
Larry reforçou que todos os crimes ambientais de Joinville são investigados pela Polícia Civil.
A pena para maus-tratos a animais pode chegar até cinco anos de prisão.
Água e alimentação
O veterinário Tiago Pospissil, especialista em cavalos, disse que é mais fácil um cavalo morrer de sede do que de fome, propriamente, especialmente se estiver exposto ao sol e calor.
E, dependendo do quadro de saúde do animal, somente água por via oral não resolveria a situação. Teria de entrar com soro intravenoso. Quando à alimentação, Tiago recomenda capim, ração e sal mineral.
Fonte: NDMais
Muito triste. E olha que Joinville é uma cidade rica, hein? Imaginem lá no interior do Piauí! Amiga Sheila, se puder, corrija o texto. Saiu água em vez de égua duas vezes. "A Frada já identificou o tutor da água...." e "nenhum chamado/denúncia para atender a água que acabou morrendo ...".
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